Mulheres de diversos coletivos e parlamentares protestaram ontem (1º), na Câmara dos Deputados, contra a proposta de reforma da Previdência do governo Temer. Segundo elas, as mulheres serão as mais prejudicadas com a proposta, que dentre outras medidas, pretende estabelecer idade mínima de 65 anos, para homens e mulheres, para ter acesso à aposentadoria.
"Seremos as mais prejudicas nesta reforma. Isso não é uma reforma, a previdência não está deficitária. Pelo contrário, ela tem recursos suficientes, mas eles, com essa justificativa, querem tirar direitos. Imaginem nós, mulheres, que trabalhamos em tripla jornada. Como mulher negra, quero dizer que somos as mais prejudicadas, porque sempre recebemos menos e trabalhamos mais", afirmou a deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ).
O protesto ocorreu no Hall da Taquigrafia, nas dependências da Câmara, e reuniu representantes dos coletivos Marcha das Margaridas, Marcha das Mulheres, Rosas pela Democracia, CUT-Mulheres, entre outros. Também participaram as deputadas federais Benedita da Silva e Erica Kokay (PT-DF), além do candidato à presidência da Câmara pelo bloco de esquerda André Figueiredo (PDT-CE).
"Nós mulheres não queremos nenhum direito a menos. Nós estamos aqui para enfrentar esse governo ilegítimo, que tem feito com que as mulheres percam os seus direitos. Nós estamos aqui para impedi-lo, e pedindo o apoio a todos os parlamentares para que o impeçam de cometer essa violência contra nós, mulheres", destacou Benedita.