Os trabalhadores e trabalhadoras no setor do comércio em todo o país estão entre os que mais poderão sofrer as consequências dos impactos da proposta de elevar de 15 para 25 anos a contribuição mínima à Previdência com uma das condições de acesso à aposentadoria. Pela proposta de reforma previdenciária apresentada pelo governo golpista e que já tramita com o novo símbolo da Besta, PEC 287, os trabalhadores passam as e aposentar com idade mínima de 65 anos e 25 anos de contribuição.
Hoje, existe a chamada “aposentadoria por idade”, na qual o trabalhador consegue o benefício com 65 anos de idade e 15 anos de contribuição. Essa modalidade de aposentadoria é usada como acesso ao benefício principalmente pela população da baixa renda, que passa muito tempo na informalidade e por isso não consegue se aposentar por tempo de contribuição. É o caso da categoria comerciária.
O discurso golpista é de que a previdência está “quebrada”, mas será mesmo que existe déficit na previdência? A resposta é simples, NÃO! A seguridade Social, da qual faz parte a Previdência Social, é superavitária. De 2007 a 2015, o superávit variou entre R$75,98 bilhões e R$20 bilhões – esse menor resultado ocorreu justamente em 2015, momento mais crítico da conjuntura política nacional, com o avanço da crise internacional e da implementação do ajuste fiscal.
Esses três fatores juntos derrubaram a atividade econômica no país. Dados da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (ANFIP), confirmam que nos últimos quatro anos a Seguridade Social foi SUPERAVITÁRIA.