No dia 28 de abril de 1969, uma mina de Farmington, Estado de Virgínia, Estados Unidos, explodiu, vitimando 78 mineiros. No ano de 2003, em memória às vítimas desse acidente, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) adotou essa data como o Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho.
Em maio de 2005, por meio da Lei nº 11.121, foi instituído, no Brasil, o dia 28 de abril como o Dia Nacional em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho.
Com o objetivo de conscientizar os empresários e os trabalhadores a respeito da qualidade de vida e dos diferentes fatores que afetam a saúde no trabalho, nesta data é importante destacar que a participação na luta por melhorias em nosso país é essencial para cuidarmos de nossa saúde e de direitos básicos e fundamentais para o nosso completo bem-estar.
Em todo o mundo, anualmente, cerca de dois milhões de trabalhadores perdem suas vidas no trabalho. São 5 mil mortes por dia, três vidas perdidas a cada minuto, aproximadamente o dobro das baixas ocasionadas pelas guerras e mais do que as perdas provocadas pela Aids. Doze mil das vítimas são crianças.
No Brasil, somente em 2007, 653.090 brasileiros assalariados segurados do INSS, inseridos no mercado formal de trabalho foram vítimas de acidentes e doenças durante o exercício de suas atividades, com maior incidência de ferimentos, fraturas e traumatismos de punho e mão, incluindo amputações, queimaduras, corrosões e esmagamento. Estatísticas indicam que o Brasil perde de 2,5% a 4% do PIB a cada ano com o pagamento de benefícios previdenciários e o afastamento dos trabalhadores de suas atividades. A saúde do trabalhador é um direito de todo cidadão e tema importante para o movimento sindical. Um trabalhador com qualidade de vida melhor é um trabalhador saudável e está menos propenso a adquirir doenças e se acidentar durante o trabalho.
É preciso fortalecer esta luta nacionalmente para termos um SUS PÚBLICO, UNIVERSAL e INTEGRAL bem como organizar os locais de trabalho, garantir a instituição e funcionamentos das Comissões Internas de Prevenção de Acidentes - CIPAS e requerer informações sobre doenças de trabalho. Estas bandeiras compõem a luta pela garantia da saúde e da segurança dos trabalhadores/as e a garantia de que nossos companheiros e companheiras tenham um trabalho e uma vida decente.