No Brasil, um trabalhador morre a cada duas horas de trabalho. Ou seja, todos os anos morrem em média três mil trabalhadores e outros 300 mil se acidentam. Como forma de chamar atenção da sociedade para a gravidade desse problema, a Organização Internacional do Trabalho – OIT proclamou em 2003, o dia 28 de abril como a data em Memória das Vítimas de Acidente e Doenças do Trabalho. Esse dia foi escolhido porque marca a morte de 78 trabalhadores em uma mina no estado de Virgínia, nos Estados Unidos, em 1969. Sendo assim, essa é uma data que deve ser marcada pela luta por justiça, em defesa dos direitos, da saúde e segurança do trabalhador.
Segundo a OIT, todos os anos dois milhões de pessoas morrem em decorrência de doenças ocupacionais no mundo. Desses, 321 mil morreram em acidentes de trabalho fatais. Neste cenário, a cada 15 segundos, um trabalhador morre por conta de uma doença relacionada ao trabalho.
Os dados da Organização Internacional do Trabalho apontam o Brasil, como quarto colocado no ranking mundial de acidentes fatais de trabalho. Esses números representam uma verdadeira guerra contra os trabalhadores, fruto da ambição dos patrões e do descaso dos governos capitalistas.
De acordo com a Central Única do Trabalhadores – CUT, de cada dez acidentes de trabalho no Brasil oito acontecem com funcionários terceirizados. Um exemplo é o setor elétrico que registrou 79 mortes por acidente em 2011, das quais 80% atingiram os funcionários terceirizados. Já os setores de supermercados e hipermercados registraram em 2013 uma taxa altíssima de 25 mil ocorrências de acidente no trabalho.