Sexta-feira, dia 28,trabalhadores de todo o país estão se mobilizando para uma Greve Geral. Não se trata de um movimento exclusivo da CUT. Mas de todas as centrais sindicais. Inclusive a CUT, claro.
Bancários, metalúrgicos, eletricitários, portuários, ferroviários, metroviários, rodoviários, taxistas, enfim, trabalhadores de todas as categorias profissionais estão se organizando para cruzar os braços no dia 28, sexta-feira, e parar o Brasil.
E os comerciários não estão fora dessa.
Mas qual o motivo da Greve Geral?
Não existe um motivo, mas três.
1. Lei da terceirização
2. Reforma trabalhista
3. Reforma da Previdência
Trata-se de três investidas contra direitos fundamentais do trabalhador. De você, comerciário. São três tiros certeiros contra a CLT, duramente conquistada pelos trabalhadores após anos e anos de luta.
Pois bem, a lei da terceirização e a reforma trabalhista rasgam justamente a CLT. Revogam mais de 50 itens das Leis Trabalhistas.
A lei da terceirização é a primeira grande apunhalada.
Foi aprovada a toque de caixa pelo Congresso (Câmara e Senado), na calada da noite, aproveitando o clima de revolta na sociedade com o escândalo da operação Carne Fraca. E logo sancionada pelo presidente Temer.
Essa lei permite terceirizar geral. No supermercado, por exemplo. Se você acha que seu emprego estará garantido, comece a colocar as barbas de molho.
A lei da terceirização permite que seu patrão o demita para colocar outro no lugar pagando metade do salário e sem qualquer benefício conquistado pelo Sindicato. Isso vale tanto para os supermercados quanto para o comércio de rua quanto para as lojas de shopping.
E você tem dúvida que seu patrão “bonzinho” que é deixará de pagar um empregado pela metade do salário que te paga e sem nenhum benefício, como plano de saúde, seguro de vida, auxílio creche, descanso aos domingos, entre outros? Claro que não.
Aí você pergunta: “Ué, o que se pode fazer se o projeto já foi aprovado e é lei?”.
Resposta: ir para as ruas, protestar, mostrar nossa indignação. E a greve geral de sexta é o primeiro passo.
Com pressão popular podemos fazer o Congresso recuar e, quem sabe, substituir a lei da terceirização por outra que atenda aos interesses dos trabalhadores.
REFORMA TRABALHISTA
A reforma trabalhista é outro câncer. Outro soco no estômago do trabalhador.
O confisco em alguns dos nossos direitos está expresso na tabela que ilustra este artigo. Mas, o que é mais importante, a reforma trabalhista ainda não foi aprovada. Está em fase final de tramitação na Câmara para seguir para o Senado e, depois, para a sanção do presidente.
Tempo suficiente para pressionarmos a bancada de deputados federais e senadores capixabas para que digam NÃO a esse projeto que retira nossos direitos e precariza nosso trabalho.
E, claro, irmos para as ruas mostrar nossa cara e provar que não aceitaremos confisco de direitos, garantias e conquistas. E nem que se rasgue a CLT.
E a greve geral de sexta-feira, dia 28, é o momento privilegiado para demonstrarmos nossa insatisfação.
REFORMA DA PREVIDÊNCIA
A reforma da Previdência sela com chave de ouro a trinca de ataques contra o trabalhador brasileiro, e não apenas os comerciários. A proposta em discussão no Congresso simplesmente torna impossível o trabalhador se aposentar dignamente. Ele morre antes. Literalmente irá morrer trabalhando, pois não terá tempo suficiente de contribuição (25 anos) mais idade (65 anos) para se aposentar proporcionalmente. Para se aposentar de forma integral o tempo de contribuição sobe para 45 anos.
Amigos e amigas comerciários, é para se opor, para lutar contra esses três ataques frontais aos trabalhadores que a direção do Sindicomerciários convoca a todos para parar suas atividades na sexta-feira, dia 28. Será fácil? Não. Mas na história de luta dos trabalhadores nada foi fácil. Nada nos veio de mão beijada.
Precisamos entender que, sem luta, sem irmos para as ruas, sem protestar e pressionar, nada conseguiremos.
Nossa consciência é nosso maio guia. Dia 28, todos juntos na greve geral.
Vamos parar o país contra os ataques aos trabalhadores.