Aliado do presidente golpista Michel Temer, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), declarou que, se depender dele, o processo da PEC 287 tramitará de forma veloz, a exemplo da PEC 241/55, que congela os investimentos em educação e saúde por 20 anos, já aprovada em primeiro turno pelo Senado. Maia enfatizou que a perspectiva é aprovar a nova Previdência ainda no início de 2017. A PEC 287 será analisada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e terá prazo de cinco sessões. Em seguida deverá passar por comissão especial e só depois a proposta será analisada em plenário, em dois turnos.
"Não há tempo a perder", disparou o presidente do Sindicomerciários-ES, Jakson Andrade. A direção do Sindicato, em nome dos milhares de comerciários e comerciárias capixabas, repudia a PEC 287, que atinge em cheio nossa categoria, e se mantém atenta não só à sua tramitação, mas, também, aos demais golpes contra o povo brasileiro que estão por vir, como a reforma trabalhista, já sinalizada por Temer, da terceirização na atividade fim e a PEC da morte (PEC55, antiga 241), que continua em curso.
A CUT nacional já confirmou um grande ato no próximo dia 13, em Brasília, contra as pautas de retirada de direitos. “Precisamos construir alternativas contra o desemprego e vamos lançar propostas à sociedade para alavancar o crescimento. Não será uma proposta ao governo, mas para os trabalhadores que sofrem diretamente com o desemprego”, disse Jakson.
O dirigente também falou sobre o pedido de impeachment do golpista Michel Temer e defendeu ainda uma eleição direta como saída para a crise política no país e a insegurança jurídica entre os poderes. “A CUT está protocolando o pedido de impeachment e pelas Diretas Já, juntamente com os movimentos sociais e personalidades da sociedade civil. Faremos uma moção contra o golpe à classe trabalhadora, contra essa Reforma da Previdência e apontaremos o caminho da retomada do crescimento no próximo dia 13 em Brasília”, reiterou.
"O ano de 2016 foi especialmente difícil para os trabalhadores e movimento sindical e 2017 não será diferente, haverá mais enfrentamento e resistência. Vamos intensificar as mobilizações nas ruas ainda este ano para virar o jogo para o ano que vem”, finalizou Jakson.