Mal foi aprovada a reforma trabalhista e as empresas do setor privado e público deram início a um processo de redução no quadro de funcionários.
Exemplo desta afirmação é que a Caixa, Bradesco, Eletrobrás, Correios e Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) já anunciaram a abertura de um Plano de demissão Voluntária (PDV).
Na opinião dos sindicalistas, a iniciativa quase que simultânea comprova que a ideia é mesmo demitir para utilizar ainda mais os terceirizados e os contratos temporários, precarizando assim as relações de trabalho.
De acordo com Emanoel Souza, presidente da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe (Feeb-Base), é muita coincidência que o anúncio do PDV nessas empresas seja feito logo após o avanço da reforma trabalhista.
Para ele as alterações na CLT, combinadas com a lei de terceirização, levarão a uma precarização das relações de trabalho. “O impacto principal será a substituição de contratos de trabalho indeterminado, por prestadores de serviço terceirizados ou relações intermitentes, sem salvaguardas para os trabalhadores, que não estarão protegidos por convenções coletivas das categorias preponderantes e receberão salários mais baixos", afirmou Emanoel Souza.