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25 de julho: Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha

Hoje, dia 25 marca o Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha. No Brasil, recentemente, por meio do Mapa da Violência, foi constatado que entre 2003 e 2013 subiu em 54,2% o número de assassinatos de mulheres negras, enquanto, no mesmo período, houve diminuição de 9,8% para as mulheres brancas.

Para a diretora da secretaria especial da Mulher, Josinete Fonseca, os dados mostram que, para que a sociedade brasileira possa alcançar a equidade entre homens e mulheres, é imprescindível considerar o recorte de raça e etnia, pois, há ainda desigualdade entre mulheres brancas e negras devido ao histórico de violência que a população negra sofreu e sofre até os dias de hoje por conta do racismo.

Para Josinete é importante nesta data refletirmos a partir da consagrada frase da escritora caribenha-americana, Audre Lorde, "não sou livre enquanto outra mulher for prisioneira, mesmo que as correntes dela sejam diferentes das minhas”. Josinete acredita que somente a união entre todas as melhores pode realmente faz a diferença na luta por direitos iguais.

História da data

Em abril de 2014 a Câmara dos Deputados, aprovou a proposta do Senado que institui o dia 25 de julho como Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra. Foi aprovada também, a inclusão, no calendário comemorativo brasileiro o 25 de julho Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha. Com esses projetos de lei aprovados, o Brasil reafirma a importância da data que foi instituída no calendário feminista no 1º Encontro de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas, que aconteceu em 1992, na República Dominicana.

Iniciativas como estas vêm ao encontro da necessidade do reconhecimento da história das mulheres negras que estiveram no centro das lutas e movimentos sociais e culturais. Pouco se conhece sobre nossas heroínas negras: Dandara, Luíza Mahin, Carolina Maria de Jesus, Mãe Menininha, Laudelina Mello, Tereza de Benguela e tantas outras.

Aqui no Sindicato, 62,5% das diretoras mulheres são negras e de luta. Gerúsia Fátima, Jemima Jayra, Josinete Fonseca, Luciene Ferreira e Márcia Matias são as representantes das mulheres negras comerciárias do estado. Mulheres guerreiras que estão sempre discutindo e lutando por igualdade e melhores condições de trabalho.

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Publicado em Destaques

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