A classe trabalhadora está rendida, entregue a mercê dos políticos vendidos para o empresariado. A partir de sábado, 11, o caos será instaurado, e o trabalhador não terá a quem recorrer. A reforma trabalhista está provocando não só o enfraquecimento das entidades sindicais, com também da própria Justiça do Trabalho.
A prática do desmonte e do enfraquecimento já pode ser percebida pelas negociações coletivas das categorias com data-base no segundo semestre. Comerciários, bancários, petroleiros, químicos e metalúrgicos são algumas das categorias que precisaram negociar em plena turbulência. A dificuldade tem sido em manter direitos históricos, quem dirá conquistar novos benefícios, sobretudo quando o discurso patronal está endossado na inverdade da geração de novos empregos.
Existem diversas pesquisas de especialistas em direitos trabalhistas que contrapõe o Ministro Ives Gandra da Silva Martins. A desembargadora Magda Barros Biavaschi, pós-doutora em Economia do Trabalho e pesquisadora da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) certamente é uma delas. Segundo a desembargadora, “a reforma trabalhista vai precarizar o mercado de trabalho. Reduz ainda mais os salários com danos à economia brasileira”, disse.
Ela cita ainda o retrocesso em outros países. “Na Argentina, a diminuição dos impostos na folha de pagamento não significou aumento de empregos. Houve ainda aumento da pobreza e da indigência”, relatou. No México, também citado por Biavaschi, houve retrocessos.