Desesperado para aprovar a reforma da Previdência ainda este ano para atender exigências dos financiadores do golpe, o ilegítimo e golpista Michel Temer (MDB-SP) está apelando para a propaganda enganosa com anúncios patrocinados no Google, nas redes sociais, como Facebook, Twitter e YouTube, e nos canais abertos de televisão. O governo já desembolsou R$ 103,6 milhões com campanhas para vender a sua versão de que a reforma da Previdência é boa para o Brasil e para os brasileiros.
Para tentar reverter a rejeição de 85% da população brasileira que são contra o desmonte da Previdência, segundo pesquisa CUT/Vox, o governo começou a usar o Google como parte da estratégia de sua campanha publicitária em dezembro de 2017, quando passou a fazer a chamada “compra de publicidade” na poderosa ferramenta de buscas. As contas do Planalto no Facebook, Twitter e Youtube passaram a ter publicações patrocinadas também.
As informações foram confirmadas pela Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom) do governo, conforme consta na matéria publicada pela BBC Brasil.
Essa estratégia de pagar publicidade direcionada a públicos específicos é muito utilizada por empresas privadas na busca por mais consumidores. É por causa desse mecanismo - que se vale de perfis fornecidos pelas redes sociais para mapear os hábitos e preferências dos usuários - que recebemos anúncios de produtos ou assuntos que foram pesquisados recentemente.
Se a gente faz uma pesquisa no Google sobre um eletrodoméstico, de repente uma série de publicidade sobre o produto começa a aparecer no e-mail e nas páginas e redes sociais. É justamente este recurso usado pelas empresas para vender qualquer coisa aos consumidores que o governo está utilizando para vender a sua versão enganosa da reforma da Previdência.
“É uma imoralidade a utilização do dinheiro público para fazer propaganda política e enganosa, utilizando do terrorismo para assustar a população e forçar a aprovação da reforma”, critica Roni Barbosa, secretário de Comunicação da CUT, referindo-se às peças publicitárias que dão a entender que os trabalhadores e as trabalhadoras perderão benefícios como salário maternidade e pensão por morte, se a reforma não for aprovada.
“Os espaços destinados à publicidade oficial não podem ser usados para fazer campanha política, dizendo que a reforma é excelente e que sem isso a Previdência irá quebrar. Primeiro que isso é mentira, é apelativo. Segundo que não está previsto na Constituição”, explica Roni, que é também representante da CUT na coordenação executiva do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC).