A direção do Sindicomerciários-ES participou ativamente do Dia Nacional de Luta contra a (de)forma da Previdência, programado em todo o país para esta segunda-feira. “O dia das manifestações nacionais foi escolhido pela CUT em dezembro, quando anunciaram que a votação da Deforma da Previdência seria em 19 de fevereiro. A data foi adiada, mas mantivemos O Dia Nacional de Luta como um alerta aos governantes”, afirma o presidente do Sindicato, Rodrigo Rocha, segundo o qual, a Previdência Social é mais do que aposentadoria, “é um sistema de Seguridade Social que foi conquistado com muita luta pelos trabalhadores e que o governo golpista e ilegítimo de Michel Temer quer desmontar, a exemplo do que fez com a reforma Trabalhista”.
No Espírito Santo, o Dia Nacional de Luta contou com a adesão dos principais sindicatos do estado, que se concentraram na Praça 8, na manhã desta segunda-feira, e seguiram em passeata até o prédio do INSS, na Avenida Beira Mar. Dirigentes do Sindicomerciários-ES levaram à manifestação a faixa com a inscrição “Se votar, não volta”, dando um recado à bancada capixaba na Câmara dos Deputados e Senado de que a entidade não medirá esforços para denunciar o parlamentar que votar a favor do desmonte da Previdência. A votação ainda só não acontece porque o governo não tem os 308 votos necessários, mas os apoiadores do governo e da reforma estão fazendo muita pressão nos deputados e senadores. “Por isso é muito importante continuarmos pressionando também e dizer que estamos de olho no que eles vão votar. E o recado já foi dado, se votar a favor da reforma, não volta!”, entende Rodrigo Rocha.
Para o dirigente, a ‘deforma’ da Previdência não visa só acabar com a aposentadoria, “mas, também, com o auxílio doença, com o auxílio maternidade, entre outros direitos duramente conquistados”. Segundo ele, os maiores interessados nesta reforma são os bancos. “Com a privatização da Previdência, são eles que vão continuar lucrando trilhões vendendo planos de previdência privada”, finalizou Rodrigo.
A reforma da Previdência e a intervenção militar no Rio de Janeiro
A pressão nacional contra o desmonte da Previdência já aponta os primeiros resultados. Acuados pela população, majoritariamente contrária à reforma, deputados e senadores já recuam em seu intuito inicial de apoiar o governo golpista. Para evitar o vexame da derrota na votação da Câmara, marcada para esta semana, Temer tirou da cartola uma intervenção militar na segurança pública do Rio de Janeiro para desviar o foco da população e tentar uma saída honrosa. O instituto da intervenção militar impede a votação de emendas à Constituição, como prevê a reforma da Previdência.
“Além da arbitrariedade com o povo carioca, na verdade, o governo tenta, de maneira autoritária, buscar factóide para desviar a atenção do povo com relação à reforma da Previdência”, denunciou o diretor de Finanças e Administração do Sindicomerciários-ES, Jakson Andrade. “A direção do Sindicato é contra essa intervenção no Rio de Janeiro, que é, na realidade, uma cortina de fumaça para o que está acontecendo no país, com desemprego, desmonte da legislação trabalhista, PEC que congela por 20 anos os investimentos para saúde e educação, entre outras medidas que acabam com os direitos da classe trabalhadora”, resumiu o dirigente.
Sindicomerciários marca posição no dia nacional da luta contra a (de)forma da previdência
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