“O setor automotivo pode e deve atender as justas reivindicações dos trabalhadores em concessionárias representados pelo Sindicomerciários-ES”. A afirmação é do presidente do Sindicato, Rodrigo Rocha, se referindo à Campanha Salarial 2018/19 dos empregados em concessionárias, cuja pauta de reivindicações, aprovada em assembleias realizadas em todo o estado, foi protocolada na última sexta-feira, dia 9. Para o dirigente, o setor não tem do que reclamar, uma vez que a Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) e seus sindicatos patronais filiados, como o Sincodives, que negocia com o Sindicomerciários, estão com as burras cheias de dinheiro.
Segundo Rodrigo, o mercado de veículos novos no Brasil começou 2018 em alta. Foram 181,2 mil unidades vendidas em janeiro, crescimento de 23,14% em relação a igual mês do ano passado. Para o ano de 2018, a projeção da Fenabrave é de crescimento de 11,8%, para 2,5 milhões de unidades. A estimativa é similar à da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), que fala em expansão de 11,7%.
Esses números justificam claramente o atendimento das reivindicações dos trabalhadores por mais e melhores salários, condições de trabalho, reajuste salarial com ganho real, manutenção e avanço das conquistas econômicas e sociais.
Em todo o país não são poucas as empresas concessionárias de veículos que já vêm aplicando os aspectos mais cruéis da reforma trabalhista, sobretudo os pontos que isolam o trabalhador do Sindicato para negociar diretamente com o patrão. “Entre os pontos passíveis de pactuação individual e direta, patrão e empregado, sem a necessidade de participação de sindicatos estão a compensação de banco de horas e feriados, e o parcelamento de férias”, informa o presidente do Sindicomerciários. A principal premissa da reforma trabalhista é a prevalência do negociado sobre o legislado. Mas esse é justamente um dos pontos mais criticados por entidades de classe, sindicatos e advogados trabalhistas, uma vez que o trabalhador é a parte mais vulnerável na mesa de negociação.
Daí a necessidade dos trabalhadores estarem mais unidos do que nunca junto ao Sindicato através da sindicalização, de forma a fortalecer a entidade na defesa de todos, sem isolar nem expor nenhum comerciário. “Com a reforma trabalhista, o Sindicato passa a ser a última barreira entre o emprego digno e o trabalho escravo”, finalizou Rodrigo Rocha.
'Setor pode e deve atender as reivindicações dos trabalhadores', reivindica Rodrigo Rocha
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