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Do lado dos patrões, ministros do Supremo aprovam terceirização irrestrita

A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) votou contra os trabalhadores e trabalhadoras do país ao aprovar, por 7 a 4 votos, a constitucionalidade da terceirização da atividade-fim das empresas.

O presidente do Sindicomerciários, Rodrigo Rocha, não só lamenta como também condena a decisão dos ministros do STF. Para o dirigente os ministros perderam a oportunidade de rever um ato inconstitucional aprovado pela Câmara dos deputados. “Inadmissível, os trabalhadores brasileiros mais uma vez sendo massacrados pelos magistrados”. 

A CUT (Centro Única dos Trabalhadores) afirmou em nota, que o Supremo Tribunal Federal desrespeitou a Constituição ao liberar a terceirização na atividade-fim, dando mais uma prova de que vivemos em um Estado de Exceção, no qual os poderes da República estão sequestrados pelos interesses do grande capital. 

Para o secretário de Assuntos Jurídicos da CUT, Valeir Ertle, essa decisão demonstra que os ministros do STF não reconhecem a realidade da vida do trabalhador.

“Eles não leram os estudos feitos que demonstram como a terceirização prejudica o trabalho. A decisão não teve base técnica das leis. Foi um julgamento político. Evocar o número de desempregados para admitir a terceirização irrestrita é o cúmulo do absurdo. Os ministros não tem a mínima preocupação com o trabalhador”, desabafa Valeir”.

Revolução pelo voto

Para o secretário de Assuntos Jurídicos da CUT Valeir Ertle, somente as próximas eleições, com trabalhadores e trabalhadoras votando em candidatos progressistas podem reverter esta situação.

“É preciso votar em pessoas que possam mudar a legislação. Trabalhadores não podem votar em patrões e empresários. Têm de votar em quem defende os direitos da população. A única revolução é a do voto”, diz Valeir.

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Publicado em Destaques

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