O vice de Jair Bolsonaro acaba de declarar que o candidato deve extinguir o 13º salário e o adicional de férias, caso eleito. A fala de Mourão começa a dar a dimensão do programa anti-povo e anti-trabalhador de Bolsonaro e revela o pior dos mundos aos trabalhadores se o ex-capitão sair vitorioso das urnas.
Criado no Brasil em 1967, o 13º salário existe na Itália desde 1960. Esse salário extra também é pago em países como na nossa vizinha Argentina, Uruguai, Colômbia, México, Panamá, Peru e Portugal. No Brasil, o 13º salário é uma cláusula pétrea da Constituição de 1988, o que quer dizer, não pode ser mexida.
A reação à fala de Mourão/Bolsonaro foi imediata. No mesmo dia, representantes das oito centrais sindicais brasileiras, entre as quais a CUT, subscreveram nota em repúdio ao vice de Bolsonaro. "Uma fala descabida, ofensiva e lamentável”, rechaçou o presidente do Sindicomerciários, Rodrigo rocha, segundo o qual, a declaração revela “o que está por trás de Bolsonaro: uma candidatura antissocial que deve ser repudiada por toda a classe trabalhadora brasileira, sobretudo os comerciários”.
A hora é agora de refletir sobre o que as candidaturas que estão colocadas pensam sobre os trabalhadores. Depois do voto nas urnas, não adianta chorar o leite derramado. E uma coisa é certa: votar no candidato da bala é um tiro no pé.
#13ºsim #EleNão