Há um ano, completado neste domingo, dia 11, entrou em vigor no país a famigerada lei 13.467, que introduziu a reforma trabalhista. Defendida pelos empresários e o governo Temer sob a falsa justificativa de que geraria empregos, o que se viu, passados 12 meses, foi a explosão nacional do número de desempregados, subempregados e dos que já desistiram de procurar empregos (os chamados “desalentados”).
Junto, esse contingente forma um exército de quase 27 milhões de pessoas. Mas não só isso. A reforma trabalhista veio para cassar direitos dos trabalhadores, além de provocar o desmonte de parcela considerável do movimento sindical e da Justiça do Trabalho. Com essa reforma, centenas, milhares de trabalhadores passaram a contar com apenas meia hora de almoço; outros passaram a trabalhar de forma intermitente, recebendo por dia trabalhado menos que o valor de um Big Mac.
Outros, ainda, deixaram de ter o direito da homologação no Sindicato, tornando-se presas fáceis de patrões inescrupulosos. Além disso, gestantes passam a ser expostas a ambientes insalubres, entre outras aberrações. Teremos mais violações das normas trabalhistas, inclusive trabalho escravo e infantil. O significado simbólico é o fim de um Estado social-democrata, no qual a relação capital-trabalho era por ele tutelado.
“A classe política quer sinalizar que o trabalho humano daqui pra frente será uma mercadoria como qualquer outra, sujeita à livre negociação por parte do empresariado. Sinceramente, não sei qual o pior retrocesso para a nossa sociedade”, desabafou o diretor da Secretaria de Administração e Finanças do Sindicomerciários, Jakson Andrade, que na semana passada foi entrevistado justamente a cerca do primeiro ano da reforma.
Confira, no vídeo da página do facebook do Sindicomerciarios.