Não bastassem os mais de 100 direitos confiscados dos trabalhadores pela reforma trabalhista do governo Temer, um novo fantasma ronda as conquistas históricas dos trabalhadores. Estamos falando da carteira de trabalho verde e amarela defendida por Bolsonaro em sua campanha e eleitoral e volta a ser ameaçada pelo presidente nos últimos dias.
Essa modalidade de carteira de trabalho seria voltada aos jovens e nada mais é do que a oficialização do bico como política oficial de trabalho de um governo já suficientemente comprovado ser antipovo, antipobre e antitrabalhador.
Ao "optar" por esse tipo de contrato, o trabalhador abriria mão de TODAS as conquistas garantidas pelo Sindicato à categoria. No caso do trabalhador comerciário, a tal carteira verde e amarela impediria o funcionário contratado de ter acesso a plano de saúde e odontológico, seguro de vida, auxílio-creche, licença-gestante, fornecimento gratuito de uniformes, abono de faltas para a realização de provas nos ensinos Fundamental, Médio ou Superior, isso sem falar de reposição integral da inflação, ganho real, piso salarial e reajuste das cláusulas econômicas.
"Em suma, a carteira verde e amarela ira criar um trabalhador de primeira e de terceira classe. A primeira categoria, apenas os sindicalizados, que teriam os benefícios conquistados pelo Sindicato e garantidos em Convenção Coletiva; a segunda, trabalhadores sem amparo legal, sem direitos e sem proteção", condenou o presidente do Sindicomerciários Rodrigo Rocha, que entende mais do que nunca a necessidade urgente dos comerciários se sindicalizarem, sobretudo os mais novos, que estão entrando no mercado de trabalho.
"O Sindicato é a garantia de que seus direitos não serão lesados. Por isso, venha para o Sindicomerciários, sindicalize-se", finalizou.