Na semana em que o Espírito Santo ostenta números dramáticos e estarrecedores que pontuam o 9° lugar no nada honroso ranking dos estados mais atingidos pela pandemia, a flexibilização da abertura do comércio e a pressão das empresas para que reabram lojas e shoppings é vista como uma decisão equivocada por parte do governador Renato Casagrande e causa extrema preocupação para a direção do Sindicomerciários.
“Quem de nós não queria estar com o comércio aberto? Ocorre que a questão não é gosto ou vontade pessoal, querer ou não. Em meio a uma pandemia mundial, aceitar a pressão empresarial e fechar os ouvidos aos médicos, autoridades estaduais e profissionais de saúde, é mais grave dos erros e podemos pagar um preço alto. Não temos alternativa. Temos que valorizar a vida humana, sobretudo a do trabalhador e trabalhadora no comércio e as únicas ferramentas de que dispomos é o isolamento social e a única alternativa seria a vacina, que ainda está longe de tornar-se realidade”. A hora é ouvir as autoridades e órgão de Saúde, disse Rodrigo Rocha, presidente do Sindicomerciários.
Rodrigo ainda acredita que, ou o governador do estado reavalia a retomada do isolamento social, como vinha sendo feito, permitindo novamente que funcionem apenas as atividades essenciais, ou só restará ao governo a pior das medidas, o isolamento compulsório e total: o lockdown.
“As medidas de isolamento são determinantes para reduzir o contágio e garantir atendimento no sistema de saúde. O único adversário do Espírito Santo nesse momento deve ser o coronavírus. Precisamos de uma grande união em torno da vida”, afirmou o dirigente, segundo o qual, as autoridades públicas e empresariais têm que entender definitivamente que não adianta o comércio abrir se não existe quem compre. “Mortos não consomem”, finalizou.