Na noite desta quarta-feira (22), a Câmara dos Deputados, sob o comando de seu presidente, o deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), apunhalou os trabalhadores e suas conquistas históricas aprovando a emenda que autoriza a terceirização em atividade-fim nas empresas do País.
Ao todo, 230 deputados votaram favoráveis à emenda e 203 contra. Aqui no Estado cinco deputados votaram contra o trabalhador, foram eles, Marcus Vicente (PP), Lelo Coimbra (PMDB), Carlos Manato (SD), Paulo Foletto (PSB) e Evair de Melo (PV). A proposta foi apresentada pelo relator do projeto, o deputado federal Arthur Maia (SD-BA). O PT apresentou uma proposta que contrariava essa emenda, mas ela não foi apreciada.
Além da terceirização em atividade-fim, a Câmara também aprovou a emenda que reduz de 24 para 12 meses, a quarentena que o ex-funcionário de uma empresa deve cumprir para que possa prestar serviços por meio de uma terceirizada.
O presidente do Sindicomerciários, Jakson Andrade, comenta, com indignação, a aprovação do PL. “É inadmissível o que a Câmara fez, mas precisamos continuar na luta, pois o projeto ainda passará pelo Senado. No próximo primeiro de maio a CUT, as entidades sindicais e os movimentos sociais estarão nas ruas de todo o país para tentar barrar esse ataque nefasto e criminoso aos diretores da classe trabalhadora brasileira”, declarou Jakson.
A direção do Sindicato acredita que o caminho deve ser uma greve geral para contestar a aprovação do PL 4330 na Câmara dos Deputados.
“Nós nos deparamos com uma aberração no Parlamento. Não tem espaço para o debate e não tem acesso dos trabalhadores para discutir com os parlamentares. Se discute a matéria e no outro dia se volta tudo atrás. A partir de amanhã, vamos intensificar as mobilizações. Vamos fazer um 1º de maio forte e aglutinar forças para uma greve geral”, afirmou Jakson.