No próximo domingo (20) ocorre a 13ª Marcha da Consciência Negra. A atividade começa a partir das 11h, com ato no vão livre do Masp, na Avenida Paulista, e reúne movimentos negro, populares, do campo e da cidade. A CUT-SP e sindicatos filiados estarão presentes na marcha que percorre as ruas da cidade de São Paulo.
A partir das 16h iniciará a marcha com caminhada pela Av. Paulista, descendo a Rua da Consolação, entrada na Rua Xavier de Toledo e término nas escadarias do Teatro Municipal. As pessoas podem confirmar presença também nas redes sociais.
Secretária de Combate ao Racismo da CUT-SP, Rosana Aparecida da Silva, lembra que a data celebra lutas e conquistas dos negros e negras ao longo da história. “A marcha representa a resistência contra o genocídio que destrói milhares de vidas da juventude negra e a retirada de direitos que ainda persistem. Sairemos às ruas para denunciar, como temos feito, o golpe e o governo ilegítimo que aplica medidas contrárias ao povo brasileiro”, enfatiza.
A marcha representa um protesto contra a morte de jovens negros, principalmente nas periferias, o massacre do Carandiru de 1992 e a recente anulação dos julgamentos que condenaram 74 policiais pelos assassinatos de 111 presidiários.
Os movimentos que organizam a marcha lançaram documento no qual exigem, entre outras bandeiras, a democratização dos meios de comunicação, a manutenção e o fortalecimento das políticas públicas de promoção da igualdade racial com a criação de órgãos de políticas de igualdade racial nos municípios onde não existem, a ampliação do feriado de 20 de novembro nas cidades brasileiras e o fim da violência policial.
Reconhecimento - O Dia da Consciência Negra é comemorado no Brasil em 20 de novembro e faz referência à morte, em 1665, de Zumbi dos Palmares, escravizado que se tornou líder do Quilombo dos Palmares ao lado de sua companheira Dandara. O dia 20 é feriado em diversas cidades do Brasil, como em São Paulo e em outros municípios, mas não existe lei no estado paulista sobre o tema.