A reforma trabalhista baixada no dia 11 de novembro através da lei 13.467 aponta sua fúria devastadora para três alvos: os direitos dos trabalhadores, as organizações sindicais e a Justiça do Trabalho. Em maior ou menor grau de intensidade, a CLT patronal promove o desmonte de todas essas estruturas. Ela confisca direitos históricos conquistados pela classe trabalhadora ao longo de anos, décadas e séculos e esvazia a justiça trabalhista. Mas é no capítulo “Sindicato” que a lei promove seu maior estrago. E não é só pondo um fim ao imposto sindical.
O alcance destruidor da reforma trabalhista sobre os sindicatos começa por privilegiar as negociações individuais, de forma a afastar os trabalhadores de sua entidade de classe e expor os empregados aos patrões, que mais facilmente poderão chantageá-los, direta ou sutilmente, com ameaça de demissão caso não aceitem propostas rebaixadas e indignas. Passa, também, pelo estrangulamento financeiro dos sindicatos.
Não parece ter dúvidas sobre o propósito das elites empresariais ao defender a reforma trabalhista. A aniquilação do movimento sindical é o caminho mais curto para o confisco puro e simples de todos os direitos e benefícios dos trabalhadores. Retirando os sindicatos do caminho, os trabalhadores não teriam quem os defendessem e lutassem por seus direitos e o resultado seria catastrófico.
Nessa conjuntura, o fortalecimento das organizações sindicais nunca se fez tão urgente. É preciso não só fortalecer os sindicatos financeiramente, mas, também, estar mobilizado junto a eles. A reforma trabalhista chegou para fazer terra arrasada dos nossos direitos e da existência dos sindicatos. Lutar contra isso, ir na contramão do golpe da CLT patronal, é tarefa urgente. O que está em jogo são nossos direitos. E apenas um sindicato forte e atuante poderá defendê-los. Matar os sindicatos é matar os direitos e benefícios do trabalhador. E isso não permitiremos.