A vereadora do Rio de Janeiro Marielle e seu motorista Anderson foram barbaramente assassinados há um ano.
Marielle era uma favelada do Complexo da Maré, no Rio, que lutou muito até conseguir cursar a faculdade de Ciências Sociais em uma conceituada Universidade do Rio. Conseguiu uma bolsa para poder manter seus estudos.
Em sua trajetória, defendeu os direitos dos mais pobres, das mulheres, sobretudo da população negra.
Teve a coragem e a ousadia de peitar o tráfico miliciano e por ele foi assassinada.
Marielle é um símbolo de luta e resistência.
Da capacidade dos mais humildes chegarem ao poder e fazer valer as justas reivindicações das populações de baixa renda.
Mas parece que o nosso país não admite que os mais pobres subam na vida e cheguem ao poder.
O poder historicamente no Brasil foi destinado aos brancos ricos ou de classe média, de cabelos lisos e olhos claros.
Marielle nos provou que essa característica histórica não é determinista. Que podemos mudá-la.
Marielle morreu mas suas ideias e capacidade de luta germinaram e germinam em todos os cantos do país.
Podem assassinar quantas Marielles puderem. Mas outras tantas nasceram.
Os executores de Marielle e Anderson já foram presos. Falta, agora, conhecer - e prender - os mandantes.
Quem determinou que aqueles milicianos puxassem o gatilho de suas armas.
Marielle não morreu.
Marielle vive dentro de cada trabalhador e trabalhadora marginalizados!