Jakson Andrade
Jakson Andrade Silva é o Secretário de Finanças e Administração do Sindicomerciários ES.
Em 1964 um golpe militar prenderia e torturaria uma jovem chamada Dilma Roussef. Seu crime: lutar por justiça social para os mais pobres e os excluídos. Passados 50 anos, Dilma tornou-se presidente do país e se prepara para concorrer a mais um mandato.
Vivemos há quase três décadas num regime democrático, em que os governantes são escolhidos em eleições livres e todo mundo pode dizer o que pensa. Antes de Dilma, o país foi governado por oito anos por um líder operário também preso durante a ditadura, Luiz Inácio Lula da Silva.
A chegada dessas pessoas ao poder demonstra que a transição do país para a democracia foi exitosa. Apesar disso, os crimes cometidos no período são tratados até hoje como um tabu nas Forças Armadas, que não admitem o fato de que milhares de pessoas foram torturadas e algumas centenas foram mortas por se opor ao regime militar e deram sua vida para que hoje o Brasil fosse um país livre na plenitude da democracia.
A eles e todos os que lutaram pela democracia, a direção do Sindicomerciários rende suas homenagens com a certeza de que o medo e a escuridão jamais voltarão às ruas. Ditadura, nunca mais!
Existe uma campanha orquestrada contra a Copa do Mundo no Brasil. A torcida para que as coisas deem errado é pequena, mas barulhenta. O pior sobre a Copa é a desinformação.
É da desinformação que se alimenta o festival de besteiras que são ditas contra a Copa. Não conheço uma única pessoa que fale dos gastos da Copa e saiba dizer quanto isso custiará para o Brasil. Ou, pelo menos, quanto custarão só os estádios. Ou que tenha visto uma planilha de gastos da copa.
Mas o Sindicato caminha em direção oposta a quem aposta no caos. Temos orgulho do nosso país e torcemos para que as coisas deem certo. Tanto é assim que decidimos deflagrar a Campanha de Sindicalização 2014 tendo a Copa como mote. E estamos convencidos do sucesso que será essa campanha.
Porque a categoria comerciária está envolvida nessa grande torcida pelo Brasil e pelo fortalecimento do Sindicato, através da sindicalização.
Por fim, esclareço que campanha anticopa não é uma tentativa de se desmoralizar governos, mas de desmoralizar o Brasil.
A jornada de trabalho média dos homens é de 43,4 horas por semana, enquanto a das mulheres é de 36 horas. No entanto, ao somar o tempo que elas dispendem para o cuidado dos filhos e das tarefas domésticas, de 22 horas semanais, o tempo de trabalho das mulheres supera o dos homens em cinco horas por semana.
Quer dizer, elas trabalham dez dias a mais por ano que eles. Os dados são da OIT entre 2004 e 2009. Ao todo, durante a semana, a jornada de trabalho feminina chega a 58 horas, enquanto a masculina atinge 52,9 horas. Somente com a casa, os homens perdem feio para as mulheres - eles destinam apenas 9,5 horas da semana para cuidar da casa e dos filhos, mostra o estudo.
Para o presidente do Sindicomerciários, Jackson Andrade, "o levantamento indica que, entre todas as mulheres brasileiras que trabalham, 90,7% também faziam tarefas domésticas. Entre os homens, por outro lado, esse percentual cai para 49,7%".
A participação masculina nos afazeres domésticos está mais concentrada em atividades interativas, como fazer compra em supermercados, levar filho para a escola e fazer pequenos reparos e consertos em geral.
Além disso, as mulheres trabalham mais, mas por outro lado, receberam aumentos salariais maiores que o dos homens. Entre 2004 e 2009, o reajuste médio para elas ficou em 21,6%, enquanto para os homens foi de 19,4%.
O reconhecimento da categoria é justo, necessário e importante para a qualificação dos profissionais que atuam no setor. A regulamentação faz justiça a um dos mais importantes segmentos do trabalho no Brasil, responsável direto pela movimentação de produtos da indústria e pelo crescimento da economia nacional.
É uma vitória sem precedentes para a categoria. A lei vai trazer mais segurança jurídica aos trabalhadores do comércio, definir regras de atuação, impedir a exploração do trabalho e promover a qualificação profissional, que é um dos principais objetivos da regulamentação.
Se por um lado contribuiu fortemente para a elevação das vendas, o estímulo do governo federal ao setor de concessionárias elevou o número de empregos. Lançado no ano passado, o programa para estimular a inovação em troca de redução de impostos para os fabricantes locais foi uma medida muito positiva da presidente Dilma que conseguiu contribuir fortemente para a manutenção e crescimento dos empregos no setor.
Nas montadoras o número de empregados cresceu 3,7% no ano passado. O aumento, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, é explicado pela instalação de novas fábricas no país. Hoje há no país aproximadamente 5 mil concessionários, responsáveis pela geração de cerca de 300 mil empregos. O crescimento do emprego do setor e o consequente aumento das vendas tem feito com que as concessionárias aumentem seus lucros a cada ano.
Mas esse lucro tem um preço. Afinal, ele não nasce por geração espontânea, mas é fruto do trabalho árduo desses companheiros comerciários que exigem a parte que lhes cabe nesse lucro. Afinal, o tempo que eles dispensam a suas empresas é dinheiro e gera dinheiro.
E a parte deles eles querem na forma de mais e melhores salários, condições de trabalho, manutenção e ampliação das conquistas sociais.