Além da reforma da Previdência, o presidente interino, que age como fixo, já cogita colocar em pauta a ainda mais polêmica reforma trabalhista, a fim de flexibilizar a CLT – alterando jornadas de trabalho e salários – para aumentar a produtividade econômica e diminuir os custos de investimentos dos empresários.
Segundo reportagem do jornal O Globo deste domingo, estaria sendo cogitada a flexibilização da CLT, a partir de acordos coletivos, a fim de aumentar a produtividade econômica e diminuir os custos de investimentos dos empresários.
Os direitos previstos na Constituição serão assegurados, porém, não da mesma forma. "Dessa forma, FGTS, férias, previdência social, 13º salário e licença-maternidade, entre outros, continuarão existindo obrigatoriamente, mas serão flexibilizados", diz a matéria.
O termo flexibilizar é traiçoeiro. Pois a partir daí será possível, por exemplo, parcelar o 13° salário, diminuir jornada de trabalho e, consequentemente o salário, reduzir o intervalo de almoço e ainda alterar as regras para o recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
No último sábado, a maior central sindical do País, a CUT, voltou a dizer, em nota, que se recusa a negociar a "retirada de direitos conquistados" com o governo golpista, ao comentar a reforma da Previdência, e disse que "sempre alertou que o golpe era contra a classe trabalhadora".
A presidente afastada Dilma Rousseff também vem dizendo em seus discursos que o novo governo quer tirar benefícios sociais e trabalhistas conquistados pelos brasileiros.