Pouco mais de um mês depois da sanção da reforma trabalhista, o presidente Michel Temer fez mais uma de suas maldades sem chamar muita atenção. Um decreto assinado no dia 16 de agosto tornou a atividade dos supermercados essencial. Na prática, isso abriu caminho para que funcionários sejam ainda mais explorados: desde então, as empresas não são mais obrigadas a pagar 100% de hora extra por domingos e feriados trabalhados.
O vídeo abaixo é no Rio de Janeiro, nas lojas da rede Mundial, mas poderia ser aqui no estado. A única diferença é que aqui, o Sindicomerciários, mesmo após a sanção tanto do decreto quanto da reforma trabalhista, conquistou pelo oitavo ano consecutivo o descanso aos domingos para os comerciários em supermercados e ainda o acréscimo de 100% nas horas trabalhadas em feriados, sendo que o valor não pode ser inferior a R$78 (setenta e oito reais).
O presidente do Sindicato, Rodrigo Rocha, lamenta os cortes nos salários dos companheiros comerciários do Rio, em contrapartida acredita na força da união Sindicato/trabalhador para recuperar os diretos que foram retirados. “O caminho é esse mesmo. O trabalhador unir forças ao sindicato e com isso pressionar, seja através de greve, de manifestação, o empresariado só sente quando o corte é no próprio bolso”.
O dirigente disse ainda que tudo que está acontecendo é em decorrência do desmonte causado pela reforma trabalhista. “Essa medida arbitrária de ataques aos direitos é a famosa "negociação" que a reforma trabalhista dizia que iria acontecer entre patrões e empregados, suplantando os direitos garantidos em lei”, finalizou.
Toda essa situação foi criada para enfraquecer as entidades classistas e fragmentar a luta por direitos. É por isso que os trabalhadores mais do que nunca devem buscar unir forças ao sindicato, só assim os trabalhadores não sofrerão retaliações.
Com informações do The Intercept Brasil.
Link do vídeo
https://www.youtube.com/watch?v=XB9cMbUTnpw