Menos de 24 horas após o Supremo Tribunal Federal passar por cima da Constituição e negar o pedido de habeas corpus apresentado pela defesa do ex-presidente Lula, o juiz Sérgio Moro pediu sua prisão imediata, numa velocidade de rito poucas vezes assistida na Justiça brasileira, acusando-o ilegalmente por um crime que não cometeu e sem uma única prova sequer a apresentar.
As decisões do Supremo e do juiz Moro fraudam antecipadamente a eleição presidencial de 2018, como forma de impedir que a classe trabalhadora reverta o golpe perpetrado nos últimos dois anos e recupere seus direitos. Trata-se de um ataque patrocinado por setores de uma elite que nunca aceitaram que um metalúrgico colocasse em prática um verdadeiro projeto democrático e popular que favorecesse justamente as camadas menos favorecidas da população.
Lula já não é mais um nome exclusivo do PT, mas patrimônio vivo do povo brasileiro e que, em seu nome, deve ser defendido. Trata-se do mais relevante porta voz, no Brasil e no Mundo, de uma agenda política de combate à fome, à pobreza, da defesa da democracia para todos e do combate às desigualdades.
Em vários momentos da história já tentaram destruir nossos sonhos. Hoje, mais uma vez querem sequestrar nossa utopia. Não passarão. Com o impedimento de Lula, esse governo que aí está das elites e dos patrões junto a uma parcela expressiva do Judiciário e do Legislativo tentam abrir caminho para eleição de um candidato que continue a agenda do gole contra as conquistas sociais e dos trabalhadores.
Nós, da direção do Sindicomerciários, exigimos a liberdade de Lula.
Defendemos eleições livres e democráticas com a participação do ex-presidente e que seja garantida ao conjunto da sociedade a soberania do voto popular.
Defender Lula é defender a democracia e as conquistas da classe trabalhadora.
Vamos construir um 1º de Maio nacional, unificado e de luta.