A extinção do Ministério do Trabalho fecha com chave de ouro a destruição de direitos dos trabalhadores promovida pela reforma trabalhista, que acabou de completar um ano de existência. Sinaliza a desregulamentação promovida nas mais distintas esferas do mundo do trabalho, a corrosão dos direitos sociais, a fragilização dos direitos econômicos, a precarização das condições de trabalho, o retorno à pré-história jurídica.
Simboliza a fragilização do combate ao trabalho escravo, o retrocesso na luta contra o trabalho infantil, a conivência à fraude, ao assédio, ao acidente, ao desemprego. Representa, enfim, a inteira devastação do aparato jurídico-normativo trabalhista e tudo o que lhe circunda e resguarda.
Trata-se de uma política que despreza o trabalho e defende de forma intransigente a classe empresarial, a manutenção do status quo e a estabilidade do poderio econômico das elites. Uma política que propõe o desmonte do estado social, o enfraquecimento dos direitos fundamentais e o sacrifício da classe trabalhadora e da população mais pobre.
Uma política que, além de tudo, traz consigo grandes porções de ódio e intolerância.