O volume de vendas no comércio varejista cresceu 0,5% de março para abril, com alta de 1,2% na receita nominal, segundo dados divulgados hoje (14) pelo IBGE. Na comparação com abril do ano passado, o setor tem queda de 6,7%, a 13ª seguida nessa base de comparação. De acordo com o instituto, o varejo acumula retração de 6,9% no ano e de 6,1% em 12 meses, mantendo trajetória descendente iniciada há dois anos. Já a receita tem variação positiva: 5,2% ante abril de 2015, 4,8% no ano e 3,2% em 12 meses.
No mês, influenciaram o resultado positivo os setores de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1%) e tecidos, vestuário e calçados (3,7%), entre outros. Registraram queda as atividades de equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-4,9%) e livros, jornais, revistas e papelaria (-3,4%). No total, três de oito atividades tiveram crescimento.
Na comparação anual (com abril de 2015), foi também o setor de hipermercados/supermercados que puxou o resultado para baixo, com retração de 4,4%. Segundo o IBGE, a queda, a 15ª consecutiva, foi a mais intensa nos últimos dois meses. O segmento acumula redução de 3,2% no ano e de 3,1% em 12 meses.
"Esta atividade vem tendo seu desempenho influenciado pela perda da renda real e pelo comportamento dos preços do grupamento alimentos no domicílio medido pelo IPCA", diz o instituto.
A segunda maior influência no resultado negativo veio do segmento de combustíveis e lubrificantes, que caiu 10,8% ante abril do ano passado. Acumula -9,8% nos primeiros quatro meses deste ano e -8,2% em 12 meses. "O desempenho da atividade foi influenciado pela elevação do preço de combustíveis, além da perda de renda real e restrição de crédito", informa o IBGE.
Considerando o chamado comércio varejista ampliado, se destacam as quedas de veículos e motos, partes e peças (-13,8% ante abril do ano passado) e de material de construção (-13%). Em 12 meses, os setores acumulam retração de -17,2% e -11,6%, respectivamente. "Estas variações foram influenciadas pelo menor ritmo da atividade econômica e pelo comprometimento da renda familiar.