Taxa é a maior da série histórica, que teve início em 2012, segundo o IBGE.Número de desempregados subiu 37,4% sobre o mesmo trimestre de 2015.
O desemprego ficou em 11,6% no trimestre encerrado em julho, segundo dados divulgados nesta terça-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Considerando todos os trimestres, a taxa é a maior da série histórica, que teve início em 2012.
No trimestre encerrado no mesmo período de 2015, o índice havia atingido 8,6% e no trimestre anterior, de fevereiro a abril deste ano, a taxa ficou em 11,2%.
De maio a julho, a pesquisa estima que havia 11,8 milhões de pessoas desocupadas - o maior número desde o início da série. Na comparação com o mesmo trimestre de 2015, o aumento foi de 37,4%. Já em relação ao trimestre de fevereiro a abril de 2016, o contingente cresceu 3,8%.
Por outro lado, a população ocupada estimada ficou em 90,5 milhões. Diante do mesmo período de 2015, foi registrada uma queda 1,8% e frente aos três meses anteriores, houve estabilidade.
"A população ocupada voltou ao nível do primeiro trimestre de 2013...a mesma coisa aconteceu com o rendimento, que voltou ao patamar do primeiro trimestre de 2013", disse Cimar Azeredo, coordenador de trabalho e rendimento do IBGE.
Desses trabalhadores empregados, 34,3 milhões tinham carteira assinada. Na comparação anual, o recuo é de 3,9% e na trimestral, não houve variação significativa, segundo o IBGE.
De acordo com o coordenador, o número de pessoas com carteira de trabalho voltou ao patamar do segundo trimestre de 2012. "Desde o segundo trimestre de 2012, esse é o menor contigente de pessoas trabalhando com carteira de trabalho assinada."
Com o aumento do desemprego, caiu o rendimento médio dos trabalhadores, que ficou em R$ 1.985. Em relação ao mesmo trimestre do ano passado, a renda caiu 3% e sobre o período de fevereiro a abril, registrou estabilidade.
Categorias de trabalhadores
O número de trabalhadores domésticos não mudou de um trimestre para o outro e ficou em 6,2 milhões. Já a quantidade de empregados no setor público (11,2 milhões) cresceu 1,4% em relação ao trimestre de fevereiro a abril de 2016. Sobre o mesmo período do ano anterior, o número ficou estável.
Na contramão, o número de empregadores caiu 4,6% em relação ao ano passado, para 3,8 milhões. Na comparação com o trimestre anterior, não houve variação.
Já o número de pessoas que decidiram trabalhar por conta própria, estimada em 22,6 milhões, subiu 2,4% sobre o ano passado e 1,5% frente ao trimestre de fevereiro a abril de 2016.
Entre as áreas de trabalho, diminuiu o número de pessoas ocupadas na indústria geral, 10,6%, e informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, 9,8%.
O número cresceu, no entanto, nos segmentos de transporte, armazenagem e correio, 4,8%, serviços domésticos, 3,5%, e administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, 2,7%.