Trabalhar por conta própria, ¬ uma das alternativas de quem perdeu o emprego nestes tempos bicudos¬ também está mais difícil com a crise e está levando muitas pessoas a, simplesmente, abandonar o mercado de trabalho.
Segundo estudo do Ipea divulgado hoje, este contingente, que aumentava desde o início da crise econômica, passou a cair, caiu 1,7% na comparação entre o período do terceiro trimestre deste ano e o de 2015.
Significa para elas, a informalidade ou mesmo a saída do mercado de trabalho.
“Até meados de 2016, o aumento do desemprego, apesar de substancial, foi atenuado pelo fato de muitas pessoas que perderam emprego terem se tornado trabalhadores por conta própria”, diz a publicação.
Se o número de pessoas inseridas no mundo do trabalho, fosse qual fosse, entre todos os brasileiros, diz o Ipea que “a taxa de desemprego seria de 12,4% no terceiro trimestre deste ano”.
E daqui para a frente? Leia o que diz a pesquisa do IPEA:
“Caso se mantenha esta tendência de menor ocupação entre os trabalhadores por conta-própria, sem que seja observada uma recuperação das admissões no setor formal, isto representará um aprofundamento da deterioração das condições no mercado de trabalho – mesmo que não agrave a taxa de desemprego caso se preserve a tendência de esses trabalhadores saírem da força de trabalho – pois isso demostraria a perda de capacidade desse tipo de atividade na manutenção do nível de renda, deprimindo ainda mais o consumo das famílias.”