Clipping
Troco (Terça, 10 Novembro 2020 22:42)
Troco (Sexta, 06 Novembro 2020 23:41)
Clique aqui e descubra seus direitos (Segunda, 26 Outubro 2020 22:59)
Sindicalização Premiada (Quinta, 15 Outubro 2020 18:12)
Informe Jurídico: Supermercado Santo Antônio (Quinta, 15 Outubro 2020 18:10)
Troco Guarapari (Sexta, 09 Outubro 2020 13:22)
Troco Edital (Segunda, 14 Setembro 2020 19:30)
Troco Walmart (Sexta, 11 Setembro 2020 17:25)
VMT Telecomunicações: vitória do sindicato! (Quinta, 10 Setembro 2020 18:48)
Troco Guarapari (Quinta, 10 Setembro 2020 15:26)
Nota de Esclarecimento (Quarta, 05 Agosto 2020 22:23)
Campanha Solidária Sindicomerciários (Quarta, 27 Maio 2020 14:46)

Júlio Lancellotti: ‘A população tem que reagir, porque num dia é o pobre e no outro são todos’

Padre da Pastoral do Povo de Rua destacou como fator positivo a reação indignada dos moradores de Pinheiros que testemunharam o assassinato de Ricardo Silva Nascimento.

“O que o prefeito precisa fazer é dar ordem para não tirar os cobertores. Porque tem muitas pessoas que estão dando cobertores e tem um grupo só que tira: a prefeitura de São Paulo." É assim que o padre Júlio Lancellotti, da Pastoral do Povo da Rua, avalia a ação do prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), que na quarta-feira (19) distribuiu cobertores a moradores de rua. A iniciativa aconteceu após a repercussão negativa do episódio em que a equipe de limpeza urbana da prefeitura acordou pessoas em situação de rua na Praça da Sé com jatos de água.

"Tristemente, a limpeza urbana jogou água fria nos moradores de rua que estavam lá e o prefeito disse que foi por acaso, que erraram o alvo. É inaceitável. Há um decreto nesse sentido de tirar as coisas do povo da rua durante o inverno e só tem uma palavra para explicar isso: covardia", aponta o religioso, em entrevista concedida à jornalista Marilu Cabañas, da Rádio Brasil Atual.

O padre também comentou a respeito da retirada dos pertences de moradores de rua feita pela prefeitura. Em 21 de janeiro, Doria alterou decreto do ex-prefeito Fernando Haddad (PT) que proibia a Guarda Civil Metropolitana de recolher colchões e cobertores. "Pedi, supliquei, exigi que não se tirem as coisas dos moradores de rua, especialmente no inverno. Não é para ser feito nunca, mas no inverno significa iniquidade. Mais do que o prefeito sair pela rua dando cobertores, ele tem que sair exigindo que os funcionários da prefeitura não tirem remédios, cobertores, calçados, agasalhos. Isso é crime de lesa-humanidade."

Lancellotti, que participou ontem da missa de sétimo dia em homenagem a Ricardo Silva Nascimento, o Negão, morto pela polícia na semana passada, analisou como um fato positivo moradores do bairro de Pinheiros, de classe média, terem reagido contra o assassinato do catador.

"Foi uma coisa muito boa esse grupo ter reagido, e por isso eles tiraram rapidamente o corpo de lá. A reação estava muito forte e ontem também o povo da rua reagiu quando foram distribuir cobertores na Marechal Deodoro. Aqueles mesmos que tiram, o povo disse para ir embora. E aconteceu isso em Pinheiros, a população se revoltou e a população tem que reagir, porque num dia é o pobre e no outro são todos", pondera. "Essa cidade será linda e humana se os pobres forem defendidos".

Lido 1608 vezes
Avalie este item
(0 votos)
Publicado em Notícias Gerais

Denúncias

Se você está sofrendo qualquer tipo de abuso no seu local de trabalho, o Sindicato sempre será o seu maior aliado!

Informativos