Clipping
Troco (Terça, 10 Novembro 2020 22:42)
Troco (Sexta, 06 Novembro 2020 23:41)
Clique aqui e descubra seus direitos (Segunda, 26 Outubro 2020 22:59)
Sindicalização Premiada (Quinta, 15 Outubro 2020 18:12)
Informe Jurídico: Supermercado Santo Antônio (Quinta, 15 Outubro 2020 18:10)
Troco Guarapari (Sexta, 09 Outubro 2020 13:22)
Troco Edital (Segunda, 14 Setembro 2020 19:30)
Troco Walmart (Sexta, 11 Setembro 2020 17:25)
VMT Telecomunicações: vitória do sindicato! (Quinta, 10 Setembro 2020 18:48)
Troco Guarapari (Quinta, 10 Setembro 2020 15:26)
Nota de Esclarecimento (Quarta, 05 Agosto 2020 22:23)
Campanha Solidária Sindicomerciários (Quarta, 27 Maio 2020 14:46)

Quem mais sofre é a classe trabalhadora

Como se não bastasse o rolo compressor que o Governo Temer e seus deputados têm passado por cima de nossos direitos de aposentar, de trabalhar e até de morar; nos mesmos bastidores, bancadas conservadoras movem suas peças no campo dos costumes.

Silenciosos quando ganham, e barulhentos quando perdem espaço e diante do furacão de retrocessos, às vezes nem nos damos conta do tamanho da tragédia. São como serpentes famintas querendo engolir a diversidade, a arte e as diversas maneiras de pensar e ser.

Na semana passada, o Brasil todo acompanhou com indignação a decisão do Juiz que confrontou uma resolução do Conselho Federal de Psicologia (CFP), que proíbe os profissionais da área de aplicarem tratamentos como o de “Reorientação Sexual”, ou seja, um tratamento psicológico para pacientes que “não se sentem confortáveis em ser gays”.

O magistrado utilizou-se da noção de liberdade de exercício de profissão dos psicólogos. Parece piada, mas às vezes dão nomes bonitos a ações perversas e utilizam palavras como liberdade. Que ironia. As redes sociais ficaram tomadas por manifestações de apoio à liberdade de orientação sexual e de gênero. Houve manifestações de artistas, intelectuais e movimentos populares. Esse fervor também tomou as ruas, espalhando-se por todo o Brasil. Ao mesmo tempo em que parcelas menores, mas não menos assanhadas, bradavam pelo fim da “ideologia de gênero”, felizes pela decisão do juiz, pois essa ação é mais uma brecha aberta para validar a violência e o preconceito.

No país que mais mata mulheres, homossexuais, transexuais e jovens negros, essa decisão não fere somente a Constituição, mas também a possibilidade de combater o vetor do problema, que é o preconceito. Esse juiz não fala por si próprio, ele fala também por vozes que têm exercido discriminação por meio de gestos, palavras e também da omissão. Ele age favorecendo a intolerância e a violência.

Assistimos as faces de um país que dia-a-dia fenece sob os mandos de uma classe política, vestida de deputados, hipócritas defensores da família, mas que fazem esbórnia com o dinheiro do trabalhador, de uma classe econômica que tem tomado paulatinamente nossos direitos e exploram cada vez mais nossos corpos e nossos desejos.

Nesse cenário, a população que mais sofre é a que nunca deixou de sofrer – a classe trabalhadora. É preciso que entendamos que liberdade e intolerância não podem dividir o mesmo espaço.

Lido 1574 vezes
Avalie este item
(0 votos)
Publicado em Notícias Gerais

Denúncias

Se você está sofrendo qualquer tipo de abuso no seu local de trabalho, o Sindicato sempre será o seu maior aliado!

Informativos