Para o mercado de trabalho, 2013 foi um ano “típico”, com certo aumento do desemprego nos primeiros meses e recuo no segundo semestre. No caso da pesquisa da Fundação Seade e do Dieese, a expectativa é de que a taxa média anual em São Paulo, por exemplo, feche no menor nível histórico, pouco acima de 10%, ante 10,9% em 2012. “Em grande medida não pela ocupação, mas pela saída de pessoas do mercado de trabalho”, observa o coordenador de análise do Seade, Alexandre Loloian.
Nas seis regiões metropolitanas incluídas na pesquisa (Belo Horizonte, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Salvador e São Paulo), o número de pessoas no mercado, representado pela população economicamente ativa (PEA), praticamente não saiu do lugar em 12 meses: a variação foi de 0,2%, o equivalente a apenas 34 mil a mais, para um universo de quase 21 milhões. Em São Paulo, a PEA encolheu 0,8% em relação a novembro do ano passado, com 83 mil pessoas a menos.
O dado positivo é que a ocupação cresce há sete meses seguidos, ainda que com pouca intensidade. Em novembro, aumentou 0,7% sobre igual mês de 2012. São 125 mil pessoas a mais. Dois setores abriram vagas: comércio e reparação de veículos (134 mil, crescimento de 3,8%) e indústria de transformação (29 mil, alta de 1%). E dois fecharam vagas: construção (menos 14 mil, queda de 0,9%) e serviços (praticamente estável, 9 mil a menos, retração de 0,1%).
A estimativa é de 1,981 milhão de desempregados nas seis regiões (91 mil a menos em 12 meses). Em São Paulo, são 1,024 milhão (107 mil a menos) – eram 1,976 milhão em novembro de 2003.
Em novembro, a taxa de desemprego nas seis regiões atingiu 9,5%, a menor para o mês na série histórica da pesquisa Seade/Dieese, iniciada em 2009. Foi também o caso da pesquisa do IBGE, que chegou a 4,6%, menor índice da série, que começou em 2002. As duas não são comparáveis por questões metodológicas e também por terem áreas distintas, mas mostram a mesma tendência.