Com a volta da barba e a voz mais firme, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva divulgou hoje (30) vídeo em que comemora a marca de 500 mil seguidores em sua página oficial no Facebook. Lula aproveitou a oportunidade para enviar recado aos internautas em defesa da liberdade na rede e contra o uso das redes sociais para divulgar mentiras e caluniar adversários políticos, além de pedir fiscalização sobre os investimentos para levar a banda larga a todas as cidades brasileiras.
"Precisamos fazer com que milhões de brasileiros mais pobres tenham acesso ao computador. Nós precisamos trabalhar muito para que a gente consiga levar a banda larga para os oito milhões e meio de quilômetros quadrados neste país. Precisamos fazer com que a informação chegue a todos em igualdade de condições. Claro que não é uma coisa que a gente faz tão rápido, mas o governo tem disposição. Queríamos que vocês ajudassem apoiando, criticando, mostrando os defeitos ou onde não está acontecendo", convocou Lula.
O ex-presidente disse ficar "triste" quando liga a TV pela manhã e só vê más notícias, mas comemora o fato de que, com a democratização do acesso à internet e da informação, as pessoas têm oportunidade de fundamentar suas opiniões. "A internet é uma árvore que pode gerar frutos novos todo santo dia se a gente tiver, ao sentar na frente do computador, interesse que alguém aprenda algo mais neste país e neste mundo", pondera Lula. "Mesmo quando você critica, tem de criticar com fundamento, e não fazer jogo rasteiro da calúnia e do baixo nível, porque quando você calunia você não politiza, não ensina, não produz frutos".
O ex-presidente também ressaltou a necessidade de haver responsabilidade no uso da internet. "O que me preocupa com a internet é que quando você tem muita liberdade e você não sabe usar essa liberdade, você está jogando fora um espaço de conquista extraordinário", afirma o ex-presidente. "Para que eu quero a internet? É para fazer bobagem ou para aprender alguma coisa? É para fazer bobagem ou para ensinar alguma coisa? É para dar uma informação correta ou incorreta? É para informar ou desinformar? Eu tenho de decidir", avalia.