A presidenta Dilma Rousseff lança hoje (6) o Programa de Proteção ao Emprego (PPE), com a presença das centrais e de sindicatos. O anúncio, que foi feito em cima da hora, até às 13h10 não aparecia na agenda oficial da Presidência da República. O chamado PPE foi uma proposta do movimento sindical, incluindo o Dieese, mas ainda não há informações disponíveis sobre o teor da medida provisória que será anunciada. O lançamento é feito em um momento de crescimento das taxas de desemprego e retração do mercado formal de trabalho.
O objetivo do programa é ter uma alternativa, com prazo determinado, para situações de crise. Por uma das propostas discutidas, a jornada e os salários poderão ser reduzidos, com o PPE complementando o salário fixo. Para que uma empresa acesse o programa, deverá comprovar determinada redução de receita ou de pedidos. O sistema só poderá ser usado mediante acordo coletivo, aprovado em assembleia.
"O PPE será uma alternativa muito importante para preservar os empregos no país", diz o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Rafael Marques. A entidade foi precursora na defesa da adoção do programa. "Há mais de quatro anos nos dedicamos a construir o entendimento em torno de uma proposta que viesse a garantir ao trabalhador a preservação do emprego em tempos de crise. Estivemos na Alemanha conhecendo o sistema adotado por lá, debatemos a proposta com governo, centrais, em fóruns, em assembleias", diz Rafael. "Temos a certeza que fizemos a coisa certa."