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Lula dá nome aos peemedebistas que articulam golpe contra Dilma

Em discurso no Rio de Janeiro na noite de hoje (11), antes do show de encerramento do ato da Cultura pela Democracia, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nomeou os homens que, segundo ele, estão por trás da conspiração golpista contra a presidenta Dilma Rousseff: “Vejam quem quer tirar a Dilma. Primeiro, Temer; segundo, Eduardo Cunha; terceiro, Geddel (Vieira Lima); quarto, Henrique Eduardo Alves; quinto, Wellington Moreira Franco, que foi governador deste estado”.

Todos são do PMDB. Geddel, com Lula, Moreira Franco e Eduardo Alves (com Dilma), este até duas semanas atrás, foram ministros dos governos petistas. “Nunca imaginei que, eu, aos 70 anos, a gente ia ver golpista tentando tirar uma presidente eleita”, disse Lula. O ex-presidente afirmou que a vitória da oposição na comissão especial do impeachment, por 38 a 27, na noite desta segunda-feira, “não quer dizer nada". “(A decisão) é domingo no plenário”, afirmou. Para aprovar o impeachment, a oposição precisa de 342 votos, dois terços do plenário da Câmara.

Na Lapa, bairro tradicional do Rio, ele criticou o principal reduto onde o golpe é articulado. “Lá em São Paulo, não deixaram nem o Alckmin falar, nem o Aécio. Sabem quem fala por eles? Bolsonaro fala por eles”, disse Lula. “Foi assim que nasceu o nazismo na Alemanha, foi assim que nasceu o fascismo na Itália.”

Ele voltou a falar do ódio alimentado pela mídia e pela oposição ao governo, aos quais responsabiliza pelo clima de divisão instaurado no país. “Eu não quero dividir a sociedade entre nós e eles. Não quero que vocês tenham raiva. O Brasil não pode ser um país dividido.”

O ex-presidente atacou a mídia e se defendeu das acusações sobre o apartamento no Guarujá e do sítio em Atibaia. “Nem vejo as capas das revistas, que estão mais para jogar no lixo. Inventaram um apartamento meu que um dia vão ter que me dar de presente. A offshore cuidava do apartamento do Roberto Marinho e não do meu. Às vezes, faço um esforço muito grande pra voltar a ser o Lulinha paz e amor”, disse.

Ele lembrou que perdeu a eleição de 1989, para Fernando Collor de Mello, porque foi “roubado” pela TV Globo. Apesar do clima político, Lula afirmou que o impeachment vai ser derrotado. “Nós vamos recuperar este país. Este país aprendeu a não ser subordinado aos americanos.”

O ex-presidente voltou a criticar a política econômica do governo. “Dilma aprendeu uma lição: ela fez uma proposta de ajuste que nenhum companheiro dela gostou. Ela sabe disso. O mercado dela não é o banqueiro, é o povo trabalhador.”

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Publicado em Destaques

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