Os diretores, Jaldo Gomes e Jeam Cabidelle, juntamente com uma delegação da CUT/ES, estão no Rio de Janeiro. Eles irão participar, logo mais, da caminhada pela Democracia, com saída prevista ás 16h no pátio da Igreja da Candelária, indo até sede da Petrobrás.
Mais emprego, mais desenvolvimento, mais transparência, mais diálogo, mais democracia, uma nova política econômica, mais participação de quem gera riqueza nas decisões sobre o país. O desejo da maioria dos brasileiros é também a agenda de luta da CUT, das demais centrais e dos partidos e movimentos progressistas.
Essa mudança, porém, não virá pelas mãos da oposição, que torce pelo quanto pior, melhor. Nem com o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que acuado por acusações de corrupção, resolveu colocar na mira a presidenta Dilma Rousseff para desviar o foco.
Mais do que Dilma, o discurso oportunista do impeachment ataca a democracia, o Estado de direito, desrespeita o voto da população que elegeu a presidenta para dar continuidade ao governo democrático-popular, por ampliação de políticas públicas que favorecem os mais pobres, conforme aponta o Secretário-Geral da CUT, Sérgio Nobre.
“Quando você tem a mudança na lógica social, isso incomoda muita gente, por isso vemos se acirrar na sociedade brasileira expressões de racismo, homofobia, preconceito social. A democracia e a igualdade são valores muito importantes para nós, mas para haver distribuição de renda, alguns vão perder privilégios e é natural que isso incomodasse. Cabe a nós, forjados na luta pela democracia, defender esse valor tão caro”, apontou.
Nobre destaca ainda que o ato terá como objetivo divulgar o Compromisso pelo Desenvolvimento, um documento construído por sindicalistas e empresários, que querem desencadear no país uma agenda positiva.
“Temos propostas para o desenvolvimento e o primeiro passo é encerrar a crise política que paralisa a economia em nome de interesses mesquinhos e individuais. Chega de terceiro turno, a hora é de o Brasil retomar o crescimento, há muito a se fazer e não aceitaremos imposições de um grupo que não respeita o resultado das eleições e que insiste em desempregar milhares de postos de trabalho, ao invés de propor saídas para o crescimento e desenvolvimento, no melhor exemplo da política de quanto pior, melhor”, acrescenta Sérgio Nobre.
Presidente da CUT-RJ, Marcelo Rodrigues, destaca que o cenário exige, mesmo de quem não votou em Dilma, mas acredita na democracia, um basta ao golpismo e ao facismo pelo bem do país.
“Um golpe ou qualquer ação que afeta a estrutura democrática é um ataque também ao desenvolvimento. E nossa base não vai aceitar o golpe, que vem do Congresso Nacional mais conservador da história.”
Além disso, destaca, Rodrigues, o Rio de Janeiro corre o risco de perder milhares de postos de emprego por conta de quem joga a favor da crise.
“O Rio pode perder em torno de 50 mil postos, quando as obras das Olimpíadas se encerrarem. Porque a operação Lava-jato já resultou no desinvestimento no Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro), na indústria naval, que quebrou o estaleiro. Você vai ter gente indo para a rua nos próximos 3, 4 meses. E esta conta tem que ser jogada no colo de quem promove crise para favorecimento pessoal. A operação Lava-Jato não tem apenas como objetivo prender os donos das empresas, mas quebrá-las para derrubar a economia.”
Ato em Defesa da Democracia e do Desenvolvimento
Dia 8 de dezembro – Rio de Janeiro
16h – Concentração em frente à Igreja da Candelária
17h – Caminhada até a Sede da Petrobrás
18h – Caminhada até a Cinelândia, onde será realizado o Ato Político.