A violência contra as mulheres atinge cotidianamente a classe trabalhadora como um todo! É um problema que divide homens e mulheres da mesma classe, que deveriam ter relações de solidariedade e companheirismo contra o mesmo inimigo, o capital. A violência contra as mulheres reforça o papel da mulher enquanto oprimida, atingindo sua auto-estima, sua dignidade e até mesmo sua vida (o número de assassinatos de mulheres por seus próprios parceiros tem aumentado). Dessa forma atinge sua capacidade de participação e de empoderamento enquanto sujeita da transformação revolucionária.
Os dados nacionais nos mostram como esse é um problema real: quatro mulheres são espancadas por minuto no Brasil. Dentre as formas de violência mais comuns no país, destacam-se a agressão física mais branda, sob a forma de tapas e empurrões, sofrida por 20% das mulheres; a violência psíquica de xingamentos, com ofensa à conduta moral da mulher, vivida por 18%, e a ameaça através de coisas quebradas, roupas rasgadas, objetos atirados e outras formas indiretas de agressão, vivida por 15%. Dos casos de assassinatos, 70% são cometidos por ex-maridos, ex-amantes ou ex- namorados. E estima-se que somente 10% das mulheres brasileiras vítimas de violência fazem a denúncia.
A data de 25 de novembro de 1960 ficou conhecida mundialmente por conta do maior ato de violência cometida contra mulheres. As irmãs Dominicanas Pátria, Minerva, e Maria Teresa, conhecidas como “Las Mariposas”, que lutavam por soluções para problemas sociais de seu país (República Dominicana) foram perseguidas, diversas vezes presas, até serem brutalmente assassinadas por agentes do governo militar. A ditadura simulou um acidente.
Em 1981, durante o I Encontro Feminista da América Latina e do Caribe, realizado em Bogotá, na Colômbia, o dia 25 de novembro foi escolhido como Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher, em homenagem às três irmãs ativistas políticas.
A luta dessas mulheres nos inspira para lutarmos por mais justiça social e por um mundo sem violência contra a mulher.
Uma vida sem violência é um direito de todas as mulheres!
Violência contra a mulher é crime, denuncie!