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Imprensa Sindical

Imprensa Sindical

Segunda, 10 Outubro 2016 23:05

Uma forte reação dos estudantes secundaristas contra a reforma do ensino médio e em oposição à Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241/2016, que congela por vinte anos os gastos na saúde e na educação, sacode as escolas do País. As medidas vêm sendo anunciadas com rapidez pelo governo de Michel Temer sem prévia discussão.

O movimento da ocupação nas escolas já chegou em Paraná, Rio Grande do Sul, Goiás, Minas Gerais, Rio Grande do Norte e Distrito Federal. Nesta quinta-feira (6), o maior colégio de ensino público paranaense, o Colégio Estadual do Paraná (CEP), foi ocupado por estudantes. Já são mais de 35 escolas mobilizadas na região metropolitana de Curitiba e no interior.

De acordo com a União Paranaense dos Estudantes Secundaristas (UPES), 700 alunos estão no CEP. Há pais de alunos dentro da escola em forma de apoio aos protestos.

No Brasil todo, já são 50 escolas tomadas por secundaristas, segundo a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES).

Os estudantes de Curitiba também criaram a página no Facebook “Ocupe Paraná” para mobilizar o Brasil contra mais um golpe do governo Temer. Nesta sexta-feira (07), grêmios estudantis de Brasília prometem ocupar as ruas contra o congelamento de gastos na educação e a reforma no ensino em frente ao Ministério da Educação.

Vários professores do CEP aderiram à mobilização, além do o vice-diretor, Eduardo Gonçalves, que afirmou apoiar a manifestação porque partiu dos próprios estudantes. Ele reiterou ainda que o movimento vem mantendo o diálogo com a direção da escola.

A Medida Provisória (MP) 746, que prevê a reforma do ensino médio, foi anunciada pelo ministro da Educação, Mendonça Filho, no último dia 22. Elaborada às pressas e apresentada pela equipe de Michel Temer, ela muda a Lei de Diretrizes e Bases da Educação para instituir nas escolas de Ensino Médio em tempo integral a flexibilização curricular.

O assunto gerou polêmica quando o governo apontou que acabaria com a obrigatoriedade de disciplinas como sociologia, filosofia, educação física e artes. Por enquanto, essas disciplinas continuam nos currículos.

“Querem sonegar o conhecimento a nossa juventude. Mas nós não aceitaremos, vamos lutar bravamente por uma escola com a nossa cara”, disse Kessya, da Escola Estadual Milton Campos, em Belo Horizonte, Minas Gerais, à rede de Jornalistas Livres.

Para o estudante do Instituto Federal do Rio Grande do Norte, Pedro Gorki, a importância de ocupar e mostrar resistência. “Aqui é nosso lugar, é onde estudamos, aprendendo, vivemos e compartilhamos o nosso conhecimento”. Doação

Com o aumento das ocupações, há necessidades de doação de alimentos e produtos de higiene. Para ajudar os secundaristas, você pode ver aqui a lista de escolas ocupadas na sua cidade.

No momento, os estudantes precisam de alimentos, guardanapos, papel higiênico, detergente de louça, desinfetante, rodo, vassoura, talheres diversos, panelas. Em Curitiba, doações podem ser entregues na Rua Marechal Floriano, 228 cj.: 1503 no edifício Banrisul, no centro.

Quarta, 05 Outubro 2016 23:50

Atenção comerciários, o caso foi na Eletro Shopping em Natal, mas poderia ser em qualquer outro comércio aqui no estado. Vamos ficar atentos e denunciar.

O Tribunal Regional do Trabalho condenou a Eletro Shopping Casa Amarela por irregularidades no sistema de ponto, no registro de empregados e no meio ambiente de trabalho das lojas de Natal. O acórdão é resultado de recurso do Ministério Público do Trabalho no Rio Grande do Norte (MPT/RN) e determina que a empresa pague R$ 100 mil pelos danos morais coletivos causados no RN, e cumpra as obrigações fixadas, em todo o país.

A ação teve como base fiscalizações da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE/RN) e da Vigilância Sanitária de Natal, que constataram as falhas, como a falta de instalações sanitárias separadas por sexo, com um único banheiro por loja, sem condições mínimas de higiene, chegando a faltar papel higiênico, papel toalha e sabonete.

Para a procuradora regional do Trabalho Ileana Neiva, que assina a ação, "a conduta da empresa atingia a própria dignidade dos trabalhadores, ao manter empregados trabalhando em estabelecimento com um só banheiro, de higiene precária e sem sequer separação por sexo, o que, além do constrangimento, representa um risco à saúde deles", destaca.

Também ficou comprovada a inadequação dos assentos nos postos de trabalho e a não implementação dos seguintes programas de saúde e segurança do trabalho: o Programa de Controle Médico e de Saúde Ocupacional (PCMSO), o Programa de Prevenção dos Riscos Ambientais (PPRA) e a Análise Ergonômica do Trabalho (AET).

Em 2014, a 5ª Vara do Trabalho de Natal já havia concedido liminar obrigando a empresa a cessar as irregularidades e a promover melhorias nos registros de jornada e de contrato de trabalho, assim como no meio ambiente laboral, sob pena de multa mensal de R$ 50 mil. Em 2015, foi publicada a sentença, que condenou a Eletro Shopping pelo dano moral coletivo, mas restringiu-se a determinar a elaboração e implementação de PCMSO, PPRA e AET.

Diante disso, o MPT/RN interpôs recurso, julgado pela Primeira Turma do Tribunal Regional do Trabalho, que fixou a indenização por dano moral coletivo em R$ 100 mil, acrescentou ainda outras determinações e autorizou a execução imediata de todas as obrigações impostas.

Desse modo, além de corrigir as falhas nos programas de saúde e segurança, a empresa terá que: manter instalações sanitárias separadas por sexo e em conformidade com as normas; adotar assentos adequados; preencher e manter atualizados os registros dos trabalhadores, com informações de afastamentos por férias; adequar sistema de registro de ponto eletrônico ao que determina o Ministério do Trabalho, em todos os estabelecimentos.

Quarta, 05 Outubro 2016 23:42

O câncer de mama é o mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil. Depois do câncer de pele não melanoma, responde por cerca de 25% dos casos novos a cada ano. Para estimular a detecção precoce da doença e conscientizar a população, começa, neste mês, a campanha Outubro Rosa. Neste ano, a ação terá como tema "Câncer de mama: vamos falar sobre isso?".

A mensagem reforça o debate para que a população participe ainda mais das atividades promovidas em todo o País. Além de enfatizar a importância de a mulher conhecer suas mamas e ficar atenta às alterações suspeitas. As ações de conscientização visam disseminar o maior volume possível de informações sobre acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento, contribuindo para a redução da mortalidade.

O câncer de mama é uma doença causada pela multiplicação de células anormais da mama, que formam um tumor. Há vários tipos de câncer de mama. Alguns tipos têm desenvolvimento rápido enquanto outros são mais lentos.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), são esperados 57.960 casos novos de câncer de mama este ano no Brasil. A idade é um dos mais importantes fatores de risco para a doença (cerca de quatro em cada cinco casos ocorrem após os 50 anos). Outros fatores que aumentam o risco da doença são fatores ambientais e comportamentais, Fatores da história reprodutiva e hormonal e Fatores genéticos e hereditários.

Em grande parte dos casos, o câncer de mama quando detectado em fases iniciais há mais chances de tratamento e cura. Todas as mulheres, independentemente da idade, podem conhecer seu corpo para saber o que é e o que não é normal em suas mamas. A maior parte dos cânceres de mama é descoberta pelas próprias mulheres.

Mamografia

Para mulheres entre 50 e 69 anos, a indicação do Ministério da Saúde é que a mamografia de rastreamento seja realizada a cada dois anos. Esse exame pode ajudar a identificar o câncer antes do surgimento dos sintomas.

O Sistema Único de Saúde (SUS) garante a oferta gratuita de exame de mamografia para as mulheres brasileiras em todas as faixas etárias. A recomendação, por parte dos médicos, é que a avaliação seja feita antes dos 35 anos somente em casos específicos.

Sintomas

Durante o autoexame, é possível verificar se há indício de alguns dos sintomas, como presença de caroço (nódulo) fixo, endurecido e, geralmente, indolor; pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja; alterações no bico do peito (mamilo); e pequenos nódulos localizados embaixo dos braços (axilas) ou no pescoço.

Outubro Rosa

O movimento popular Outubro Rosa é internacional, começou na década de 1990 para estimular a participação da população no controle do câncer de mama. Anualmente, várias atividades são realizadas com o objetivo de compartilhar informações sobre o câncer de mama, promover a conscientização sobre a doença, proporcionar maior acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento e contribuir para a redução da mortalidade.

Terça, 04 Outubro 2016 23:07

A taxa de desemprego no Brasil, medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), subiu para 11,8% no trimestre encerrado em agosto, segundo dados divulgados hoje (30). Nos três meses anteriores, a taxa estava em 11,2%, e já era a maior da série histórica.

A pesquisa aponta 12 milhões de pessoas desocupadas no país, população classificada assim por ter procurado emprego sem encontrar. Em relação a março, abril e maio, a população desempregada de junho, julho e agosto aumentou em 583 mil pessoas, ou 5,1%.

Já a população ocupada caiu 0,8% na comparação entre os dois trimestres, com a perda de 712 mil postos. Ao todo, esse contingente soma 90,1 milhões de pessoas. Apesar disso, o número de empregados com carteira assinada se manteve estável em 34,2 milhões.

Desemprego era de 8,7% em 2015

A comparação de junho, julho e agosto de 2016 com o mesmo período de 2015 mostra uma redução de 2 milhões de pessoas na população ocupada e um acréscimo de 3,2 milhões de pessoas na população desocupada.

No ano passado, a taxa de desemprego neste trimestre era de 8,7%, e também estava em uma trajetória de alta em relação aos trimestres anteriores.

O número de empregados com carteira assinada de 2016 caiu 3,8% em relação a 2015, com a saída de 1,4 milhão de pessoas desse grupo.

Rendimento se mantém estável

A pesquisa informa ainda que o rendimento médio real habitualmente recebido pelos brasileiros teve uma variação negativa dentro da margem que o IBGE considera de estabilidade. A renda média foi de R$ 2.011, 0,2% a menos que os R$ 2.015 do trimestre imediatamente anterior e 1,7% a menos que os R$ 2.047 registrados no mesmo período do ano passado.

A massa de rendimento real em todos os trabalhos também não apresentou em variação considerada significativa pelo IBGE frente a março, abril e maio, mas caiu 3% na comparação com 2015. O total está em R$ 177 bilhões.

Terça, 04 Outubro 2016 22:04

Tão antigo quanto o trabalho, o assédio moral caracteriza-se por condutas que evidenciam violência psicológica contra o trabalhador. Eventuais brincadeiras, broncas e conflitos são normais no ambiente de trabalho, mas passam a ser considerados assédio moral quando se tornam sistemáticos. Essas atitudes podem causar graves danos psicológicos e físicos.

Expor o empregado a situações humilhantes, impor metas inatingíveis, negar folgas e emendas de feriados quando outros empregados são dispensados, agir com rigor excessivo ou colocar apelidos constrangedores no empregado são alguns exemplos que podem configurar o assédio moral. "Muita gente coloca como assédio um conflito que é de ordem pessoal, um desentendimento, um mal-entendido, que são eventos que podem causar dor e problemas, mas não constituem assédio moral", alerta o psicólogo e professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Roberto Heloani.

O assédio moral, segundo ele, é a exposição sistemática do trabalhador a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e prolongadas, que têm a intenção de desestabilizar a vítima. "O assédio faz com que a pessoa perca a autoestima, se sinta desqualificada, emocionalmente abalada. Muitas vezes, o objetivo é eliminar o sujeito do ambiente de trabalho, forçá-lo a pedir demissão", explica.

Apesar de inúmeras condenações na Justiça, algumas estratégias de motivação e cobrança de resultados que ultrapassam todos os limites éticos continuam presentes em algumas empresas. "Ainda hoje, funcionários que não cumprem metas são obrigados a se vestir de mulher ou de palhaço, a passar pelo corredor polonês, a usar capacete em formato de fezes e coisas piores", afirma o pesquisador. O assédio moral, segundo ele, não acontece em empresas com gestões ignorantes e despreparadas. "É nas grandes empresas, nas universidades, nos hospitais, nos órgãos da Justiça", revela.

O Sindicomerciários orienta aos trabalhadores e trabalhadoras comerciários que sofrem ou sofreram assédio moral que denunciem. Ligue agora mesmo para uma de nossas sedes ou vá até o Sindicato e tire suas dúvidas.

Não sofra calado, denuncie.

Terça, 04 Outubro 2016 23:59

EDITAL DE CONVOCAÇÃO

SINDICOMERCIÁRIOS/ES, convoca todos os empregados e ex-empregados das LOJAS AMERICANAS S.A, LOJAS RENNER S.A, C & A MODAS LTDA, RN COMÉRCIO VAREJISTA S.A (RICARDO ELETRO), VIA VAREJO S.A (PONTO FRIO), LOJAS RIACHUELO S.A e LOJAS SIPOLATTI LTDA, que ainda trabalham ou que trabalharam nas lojas localizadas no Espírito Santo, entre os anos de 2007 a 2014, para comparecerem a sede do sindicado, na Rua Caramuru, 38, Centro – Vitória/ES, munidos da Carteira de Trabalho, Cópia do CPF e os contracheques do período trabalhado relativos aos anos compreendidos entre 2007 a 2013, para fins de dar cumprimento as sentenças trabalhistas, no sentido de darmos início a liquidação dos valores que a princípio cada trabalhador tem direito a perceber, se abrangidos pelas decisões.

Outrossim, desde já informamos que somente os empregados que comparecem ao Sindicato, a princípio terão seus supostos direitos analisados.

O comparecimento poderá acontecer entre segunda-feira a quinta-feira, no horário compreendido entre 08:30hs às 16:30hs.

Vitória/ES, 29 de junho de 2016.

Jakson Andrade Silva
SINDICOMERCIÁRIOS/ES
Diretor Presidente

Terça, 04 Outubro 2016 23:55

Em 1986, no embalo do plano Cruzado do governo Sarney (que havia congelado todos os preços por lei para acabar com a inflação), o PMDB fez "barba, cabelo e bigode" nas eleições daquele ano. Emplacou quase todos os governadores, maioria dos senadores e 260 deputados (53,3% da Câmara na época). O PFL também se deu bem, elegendo 118 deputados. O PSDB ainda não existia e estava dentro do PMDB.

O PT era relativamente pequeno e fez pouco: 16 deputados. O PDT, ainda com Leonel Brizola, era o principal partido de oposição e foi o maior derrotado. Três anos depois, nas eleições presidenciais de 1989, o candidato do PMDB, Ulysses Guimarães, teve só 4,73% dos votos válidos e o do PFL (Aureliano Chaves), apenas 0,88%.

Lula se tornou a segunda liderança nacional, tendo recebido 17,18% dos votos no primeiro turno. Brizola ficou em terceiro, com 16,51%, quase empatado com Lula.

Depois de abandonar o navio do PMDB assim que o Cruzado afundou, o recém-criado PSDB também se deu mal naquele ano, ficando apenas em quarto lugar – seu candidato foi Mario Covas.

Agora, em 2016, a história se repete, com algumas diferenças. Em vez do otimismo ingênuo do eleitor com o plano Cruzado em 1986, existe o pessimismo e o descrédito na política, legados da doentia campanha de perseguição e criminalização dos governos petistas por parte da imprensa, da oposição – depois de quatro eleições presidenciais consecutivas sem vitória nas urnas – dos empresários, dos ricos, dos sonegadores de impostos.

Em vez da hegemonia do PMDB em 1986 (seguido meio de longe pelo PFL), os grandes vencedores destas eleições municipais foram o "centrão neoliberal" em que o carro chefe é o PSDB, seguido do PMDB e um emaranhado de partidos médios e pequenos com uma agenda neoliberal antipovo – casos de DEM, PPS, PP etc.

O grande derrotado deste domingo (2) foi o PT, que ficou em décimo lugar em quantidade de prefeituras, com 256, deixando de ser o titular do poder em 374 cidades. Quatro anos atrás, o partido terminava a disputa municipal em terceiro, com 630 prefeitos eleitos.

O desempenho foi ainda pior nas grandes cidades do país. Disputando as eleições em 54 municípios com mais de 200 mil eleitores, a legenda venceu em apenas um – Rio Branco, Acre, 241 mil eleitores, com Marcus Alexandre. Se vier a ser bem-sucedido em todas as disputas pelo segundo turno, o PT chegará a 3,3 milhões de eleitores sob seu governo. Em 2012, na primeira eleição após a passagem de Lula pela presidência, o eleitorado sob sua influência ultrapassava 15 milhões de pessoas.

Por outro lado, o PMDB não tem muito a comemorar. Embora tenha conquistado 1.027 municípios, o partido de Temer, Cunha etc. manteve a média de 18% de prefeituras conquistas da eleição passada – apenas 12 municípios a mais que em 2012.

Os demais partidos de esquerda ainda não contam com números precisos sobre crescimento. Nota-se que o Psol cresceu, mas pouco ainda, ficando muito longe de compensar o espaço que o PT perdeu.

O PCdoB festeja o desempenho no Maranhão, onde foi o partido que conseguiu eleger o maior número de prefeitos. A legenda, que até 2016 contava com 14 prefeitos nas 217 cidades do estado, ampliou para 46 prefeitos em municípios de todas as regiões maranhenses.

Cidades como São Paulo, Porto Alegre e Curitiba terão prefeito, governador e presidente da República do "centrão neoliberal". Não terão mais ninguém do PT a quem colocar a culpa pelas consequências do jeito de governar "quanto melhor para o mercado, pior para o povo" que o PSDB-PMDB-PP-PSD-PSB-PSC-etc. praticam sem pudores.

Passadas as eleições, virão os sacos de maldades para o povo de baixa renda. Com isso, o pêndulo do eleitorado pode até virar à esquerda em 2018 como virou em 1989. Mas também há o risco de um novo Collor surgir em 2018 como surgiu em 1989, disfarçado de "caçador de marajás".

De certa forma a eleição de Doria em São Paulo já tem algumas semelhanças com esse perfil, ao se apresentar falsamente como "gestor não político". Vamos ver no que vai dar. Passado o segundo turno, a maior luta dos partidos daqui para frente está em recuperar a participação popular na política.

Porque muitos cidadãos perderam a confiança até em si mesmos como capazes de influir na transformação para melhorar suas próprias vidas. Então buscam "terceirizar" para um "bom gestor", sem se perguntar: bom gestor para quem? Para o banqueiro ou para o trabalhador? Para os 1% mais rico ou para os 99% do povo?

Comenta-se que São Paulo fez a pior escolha da história que poderia ter feito. Trocar Haddad por Doria lembra quando o povo do Rio, em 1986, trocou a inteligência de Darcy Ribeiro (do PDT das antigas) por Moreira Franco (PMDB) para governar o estado. Hoje eminência parda de Temer, Moreira Franco foi dos piores governadores que o estado do Rio já teve. Nunca mais ganhou nada nas urnas. Tentou ser senador e perdeu, tentou ser prefeito de Niterói e perdeu.

Mas e Haddad? O que aconteceu com Haddad?

Em qualquer iniciativa que se tenha para mudar as coisas na vida, nas empresas, na família, conta-se com 20% de pessoas que apoiam as mudanças, 20% que resistem às mudanças e 60% que ficam esperando para ver o que acontece.

Para trazer os 60%, você precisa empoderar os 20% que te apoiam e neutralizar os 20% que resistem. Numa democracia, neutralizar significa convencer, não deixar prosperar a "rádio corredor" do contra, explicar tudo o que está fazendo, mostrar os ganhos que eles podem ter no futuro e até converter resistentes para o grupo dos apoiadores, na medida em que eles percebem as vantagens das mudanças. Lula conseguiu fazer isso, especialmente no segundo mandato. Dilma não conseguiu. Ela foi para o enfrentamento dos 20% resistentes e não empoderou os 20% que a apoiavam.

Todo o resto é consequência. Ela conseguiu unir todos os grupos que estavam com os interesses contrariados e só aguardavam uma oportunidade para dar o golpe e usurpar o poder. Os 60% ficaram onde sempre estiveram, olhando para onde as coisas vão. Ou vendo a banda passar, como observou Chico Buarque.

Teria acontecido o mesmo com Haddad?

Agora, não adianta chorar, é reagrupar e resistir até surgir nova oportunidade.

Terça, 04 Outubro 2016 23:50

A onda conservadora espalhada pelo país fortalece pautas como o projeto Escola sem Partido – apelidado por educadores de Lei da Mordaça – e as agendas do Estado mínimo, que colocam em risco avanços na educação nacional. A análise é do coordenador do Fórum Nacional de Educação (FNE) e dirigente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Heleno Araújo. "O resultado das urnas neste domingo (2) consolida a campanha massificada pelos meios de comunicação que levou à crise, ao golpe e fortalece a pauta do Estado mínimo e da lei da mordaça", diz.

Para Araújo, sintomas são projetos que avançam rapidamente no Congresso, com apoio do governo de Michel Temer (PMDB). É o caso da Medida Provisória 746, em tramitação na Câmara, que estabelece as diretrizes da Reforma do Ensino Médio, e leis que tramitam também em casas legislativas estaduais e municipais, que pretendem criminalizar o estímulo ao debate nas escolas. "Isso tudo junto faz com que a educação viva um momento assustador."

Ele destaca ainda a PEC 241, que congela investimentos da União num período de 20 anos e, pior, desobriga o governo a investir percentuais estabelecidos pela Constituição na educação e na saúde. E modificações na legislação que vincula recursos obtidos com a exploração do pré-sal à educação, colocando em risco uma das principais metas do Plano Nacional de Educação que estabelece aumento dos investimentos no setor.

Sem esses recursos, a rede pública não conseguirá ampliar o número de vagas, investir na formação e contratação de professores, por meio de concursos, e melhorar a infraestrutura das escolas. O panorama, segundo ele, deve ser agravado com transferência de recursos para instituições privadas de ensino, com docentes contratados por meio de critérios inadequados e subjetivos de qualificação – o notório saber.

"Esses novos prefeitos, de perfil conservador, são os que acreditam que as vinculações dos investimentos em educação engessam investimentos. Com ajuda da mídia, vão querer resolver suas áreas específicas, que não contemplam a educação. Essa configuração política traz prejuízos e desafios enormes. Como reverter?", questiona.

Para o coordenador do FNE, todos os prejuízos deverão ser sentidos pela população nos próximos dois anos. Ele lembra que quando a crise chegou num momento em que havia esforços para a redução da desigualdade e ainda não foi sentida de maneira forte. "Sem essas medidas, as pessoas vão sentir.

Enquanto isso, destaca, será necessário muito trabalho para reverter as perdas que se aprofundam." Nesta semana, o Fórum Nacional de Educação se reúne para traçar estratégias a serem seguidas.

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