Imagine um mundo onde não haja SUS e que todos sejam terceirizados e recebam a metade do seu salário atual. Imagine um mundo em que as pessoas tenham que trabalhar 11 horas por dia, sete dias por semana (as tais 80 horas), e que só possam se aposentar aos 75 anos de idade, independente de terem começado a trabalhar aos 14. Imaginou? Esse é o mundo encantado que o presidente interino Michel Temer pretende implantar no país, caso se confirme a permanência no cargo .
Após tantas lutas, greves, suor, lágrimas e sangue derramado pelos trabalhadores em defesa de seus direitos nos vemos agora correndo grave risco de perder todas essas conquistas. Isso porque o Temer que aí está tem por base de apoio o setor mais atrasado do empresariado e da mídia golpista, além de parlamentares conservadores e corruptos. E todos esses atores políticos e sociais trabalham com uma lógica frontalmente contrária aos interesses da classe trabalhadora.
E é exatamente com o apoio desses empresários inescrupulosos que o presidente interino Temer pretende promover uma verdadeira devassa nos direitos dos trabalhadores. A começar pela terceirização, que se que aprovar de forma generalizada, sem qualquer critério ou limite. Se esse ataque passar, os patrões vão aproveitar para acabar com o registro em carteira e reduzir ainda mais os salários. Além disso, o governo Temer defende, também, que seus direitos não sejam mais garantidos por lei, isto é, em pouco tempo, direitos como férias, 13º, FGTS, licença-maternidade, entre outros.
Como sempre, reverter esse quadro apenas será conquistado com muita luta. Temos que voltar às origens da mobilização e organização em torno do nosso sindicato e retomar as ruas, as praças, as cidades e pressionar os parlamentares federais (deputados e senadores) de nosso estado para trazê-los para o nosso lado e fazer com que defendam os interesses da classe trabalhadora.
Agora, mais do que nunca, mais do que sempre, a ordem é lutar!