O que a fortuna de Jezz Bezos tem a ver com as condições inaceitáveis de salários e trabalho dos empregados do comércio? Bezos é o CEO da Amazon. CEO é a sigla inglesa para Chief Executive Officer, que significa Diretor Executivo, a pessoa com maior autoridade na hierarquia operacional de uma organização. O chefão. Aquele que manda na parada toda. O que é a Amazon? Se você é comerciário ou comerciária e desconhece a palavra, é bom passar a se familiarizar. Porque, em algum momento da sua vida, ela lhe dirá muito, mas muito a respeito.
A Amazon é a mais poderosa multinacional de comércio eletrônico (eCommerce) do planeta, uma gigante de 61 bilhões de dólares de receita em todo o mundo e que vende de tudo. O crescimento da Amazon tem aquecido fortemente o mercado do varejo digital e levado aos grandes conglomerados de lojas físicas – sobretudo shopping centers – a viverem seu período de acentuada decadência.
Cada dia mais o consumidor tem substituído a compra direta pela online, mais cômoda e barata. A popularização do pacote de dados, o acesso à internet e aos smartphones cada vez mais versáteis e poderosos também têm facilitado a busca pelo consumo digital.
Não por acaso, Bezos, acaba de figurar, neste ano, na lista do homem mais rico do planeta, com uma fortuna avaliada em US$ 105,1 bilhões.
A cada vez que o sol nasce, a fortuna de Bezos aumenta US$ 287 milhões, não se sabe se na razão diretamente proporcional do sacrifício do emprego de um trabalhador de uma loja física fechada por não dispor de mecanismos para competir com as vendas online. O fato é que o eCommerce trata-se de um desafio urgente para o movimento sindical comerciário, sobretudo no campo da Federaçao (Fetracs) e da Confederaçâo Cutista (Contracs). Esse é o debate do mundo do trabalho no setor do comércio que os anos 2020 apontam.