Na última segunda-feira, dia 25, o ex-presidente Lula participou do seminário internacional da Aliança Progressista, com o tema "Democracia e Justiça Social", com a participação de líderes de organizações partidárias da África, Ásia, América Latina, Oceania e Europa, entre elas o PRD do México, o Partido Democrático Italiano e o social democrata (SPD) alemão.
No evento Lula criticou duramente o Congresso brasileiro e a grande imprensa. Disse que a Câmara dos Deputados é comandada por uma quadrilha que tem o intuito de implantar a agenda do caos no país e pediu aos líderes estrangeiros que "levem aos seus países a mensagem que a sociedade brasileira vai resistir ao golpe do impeachment".
O fato é que a articulação do golpe contra o governo democraticamente eleito da presidente Dilma vem tomando repercussão internacional cada vez maior. Enquanto o PIG (Partido da Imprensa Golpista), Organizações Globo à frente, abre os caminhos para a marcha do Estado policial no país, periódicos internacionais alertam o mundo sobre a ofensiva contra o Estado democrático de direito no Brasil.
Publicações como o Der Spiegel (Alemanha), The Economist (Inglaterra), El País (Espanha), Público (Portugal), The Guardian (Inglaterra), Página 12 (Argentina) e até mesmo a rede de televisão Al-Jazeera, entre outras, denunciam a ameaça contra a democracia brasileira. E mais: boa parte desses veículos destaca o protagonismo da mídia brasileira no golpe.
Não só a imprensa estrangeira, mas o parlamento de outros países tem repercutido o escândalo golpista em curso. Em Portugal, a deputada Joana Mortágua denunciou, na Assembleia de seu país, o impeachment da presidente Dilma Rousseff, que, segundo suas próprias palavras, “se revelou como um golpe contra um governo democrático eleito”.
Joana é integrante do Bloco de Esquerda. Em seu pronunciamento, ela destaca que "entre Deus e o mundo, tudo foi razão para derrubar a presidente do Brasil. Menos o crime de responsabilidade, que deveria ser o único motivo possível para o impeachment". Para ela, derrubar Dilma será "a vitória da corrupção".
As declarações foram dadas no dia 21 de abril, dias depois de a Câmara dos Deputados brasileira decidir dar seguimento ao processo de impedimento. A parlamentar afirmou ainda que o vice-presidente do Brasil, Michel Temer, e o deputado federal Eduardo Cunha são os organizadores do “golpe”.
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