A eleição para presidente da República foi oficialmente inaugurada. Não apenas para presidente. Em outubro também estaremos escolhendo deputados estaduais, federais, governadores e senadores. Já é tempo dos trabalhadores iniciarem um debate sobre o futuro que queremos.
Nas eleições deste ano dois projetos distintos estarão colocados: o primeiro, apoiado pela classe patronal, aprofunda os ataques contra os trabalhadores, seus direitos e os sindicatos. Pelo menos duas candidaturas estão claramente identificadas com esse primeiro projeto.
O segundo projeto, no campo democrático e popular, defende uma política voltada aos interesses da classe trabalhadora e pedem a revogação da reforma trabalhista, que acabou com nossos direitos.
No ano passado, a aprovação da lei da terceirização e a Reforma Trabalhista foi dramática e destruidora tanto para os direitos históricos dos trabalhadores, quanto para a sobrevivência dos sindicatos e da própria Justiça do Trabalho. O governo golpista e ilegítimo de Temer e seus aliados patronais da poderosa Fiesp praticamente destruíram a CLT e promoveram o fechamento de centenas de sindicatos em todo o país. Mas Temer não estava só. Contou com a ajuda dos três senadores capixabas e da maioria dos deputados federais do estado, que votaram contra os trabalhadores. Daí a importância de estarmos atentos, também, nos parlamentares que iremos voltar.
A você, eleitor trabalhador comerciário, caberá escolher o projeto que mais lhe atende: aquele que retira ainda mais os seus direitos ou aquele projeto que não só os devolverá, bem como os ampliará. Afinal, direito não se reduz, se amplia. A reforma trabalhista já mostrou a que veio: confisco de direitos e aumento do desemprego. O único emprego que tem aumentado é o emprego precário, desprovido de direitos. Mas não adianta ficarmos reclamando. A retomada de direitos está em nossas mãos, bastando que prestemos atenção nos candidatos que estão apresentados e votemos naqueles de fato identificados com os interesses dos trabalhadores.
Votar consciente é um ato cidadão e de afirmação de luta. Para a gente não se arrepender depois.