No processo eleitoral deste ano certamente teremos o acirramento da disputa de projetos para o Brasil. De um lado, as forças do atraso e do retrocesso se organizam para defender os interesses dos empresários e das elites financeiras e industriais. Do outro, a candidatura da presidente Dilma aponta para a garantia da continuidade e aprofundamento de políticas que reafirmam um projeto democrático e popular de ganhos e conquistas para os trabalhadores.
No Espírito Santo a CUT, presidida pelo diretor do Sindicomerciários José Carlos Nunes, tem assumido, cada vez mais, um papel protagonista no enfrentamento dos grandes temas nacionais, reafirmando-se como o principal instrumento de luta dos trabalhadores e trabalhadoras do país.
A politização dos dirigentes e da base deve ser constante e sempre visando à consciência e a emancipação política e social das classes trabalhadoras. E isso é bom.
Nas democracias, o titular do poder é o cidadão-eleitor que, por intermédio do voto, delega esse poder a alguém para que, em seu nome, possa administrar ou legislar. E isso é não apenas legítimo, como recomendável que os sindicatos escolham candidatos que se identifiquem com os interesses dos trabalhadores e os apóiem para o exercício de mandato, além de fiscalizá-los em suas ações e compromissos de campanha. Se os trabalhadores não tivessem representantes ou interlocutores nos poderes Executivo e Legislativo, muitos de seus direitos já teriam sido reduzidos ou flexibilizados, como os direitos trabalhistas, previdenciários e o seguro-desemprego.
A bancada sindical, composta de trabalhadores com mandato sindical e ex-líderes sindicais, cumpre um papel fundamental no parlamento estadual ou federal, onde ajuda a organizar a luta em favor dos projetos de interesse dos trabalhadores e coordena a resistência. Além disso, os sindicatos representam a cidadania laboral e também social, motivo pelo qual devem atuar nas mobilizações e confrontos no âmbito da empresa ou categoria e também no campo institucional, junto aos poderes.
No caso específico do Espírito Santo, chegou a hora de construirmos uma alternativa real do meio sindical que represente, de fato, o interesse e anseios dos trabalhadores capixabas na Assembléia Legislativa. A CUT tem um papel fundamental nesse processo de definição de um nome que represente esse projeto.