Em 25 de novembro de 1960, houve o assassinato das três irmãs Patria, Minerva e Maria Teresa Mirabel pela ditadura de Rafael Leonidas Trujillo, tirano da República Dominicana durante mais de 30 anos. As "Mirabal", como eram conhecidas, pertenciam à oposição à ditadura e seus companheiros se encontravam presos pelos mesmos motivos. A repressão simulou um acidente de carro com as três quando elas iam ao cárcere visitar seus companheiros. Elas eram avançadas para sua época. Uma delas foi a primeira mulher a dirigir um carro em seu país (um jeep, nos anos 40), usavam calças compridas, modernas e ousavam ser opositoras da ditadura.
O movimento de mulheres da América Latina e do Caribe decidiu dar um caráter simbólico ao dia 25 de novembro declarando-o Dia Internacional da Não-Violência contra a Mulher, em 1981, durante o 1º Encontro Feminista Lationoamericano e do Caribe, realizado em Bogotá.
Desde 1990 o 25 de novembro integra a campanha dos 16 dias de ativismo contra a violência contra as mulheres. Ao Dia Internacional da Não-Violência contra a Mulher se une o Dia do Massacre de Montreal, inspirado no massacre de mulheres naquela cidade canadense. No dia 6 de dezembro de 1989, um homem de 25 anos entrou numa sala de aula, armado de um rifle automático, gritando "eu quero somente as mulheres". A partir daí, dizendo que as mulheres eram "feministas" ele atirou contra elas, matando 14.
Ele as matou porque as responsabilizou por seu fracasso escolar. Elas tinham conseguido entrar na escola de engenharia enquanto ele não passou nos exames. Em seguida ele se suicidou e num de seus bolsos foi encontrada uma carta com os seguintes ítens: 1. As mulheres são responsáveis pelos fracassos dos homens; 2. Toda mulher que cruza o caminho de um homem bem sucedido deve ser castigada; 3. As mulheres bem sucedidas não aceitam ser protegidas por um homem.
A campanha dos 16 dias integra, ainda, o 10 de dezembro, Dia da Declaração Universal dos Direitos Humanos, como uma forma de reforçar a luta pelo reconhecimento dos direitos humanos das mulheres. Em 1998, quando se comemorou os 50 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, mulheres no mundo inteiro realizaram atividades para promover os direitos humanos das mulheres reforçando a campanha mundial: "Sem direitos humanos das mulheres, não há direitos humanos".