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Imprensa Sindical

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Quinta, 31 Agosto 2017 20:34

A diretoria da Federação dos Trabalhadores no Comércio e Serviço do Espírito Santo (FETRACS) está reunida discutindo o planejamento de ações estratégicas que serão praticados ao longo do próximo semestre. O evento teve início às 09h de hoje, 31, com a participação do deputado estadual, Nunes, que fez uma análise da Conjuntura política atual. Após a conjuntura o presidente da Federação e diretor do Sindicomerciários, Rodrigo Rocha, apresentou a proposta de trabalho do planejamento e deu as boas-vindas aos companheiros dirigentes.

Na parte da tarde os diretores poderão discutir mais a respeito da nova legislação trabalhista, sobre o impacto que o desmonte da CLT irá causar na organização sindical, além de debater sobre a importância das entidades superiores em função da luta por garantir um trabalho justo e decente.

A Federação é composta por cinco entidades sindicais, são elas, Sindicomerciários, Senalba, Sindomésticos, Sinteses, Sindisec e Sindices. O Sindicomerciários está representado pelos diretores, Jaldo Gomes e Jeam Cabidelle, além do presidente da Federação, Rodrigo Rocha.

O planejamento continua amanhã, 01, com a construção coletiva do planejamento estratégico e a avaliação do projeto. 

Quinta, 31 Agosto 2017 10:31

A maior crise econômica da história do país ainda pesa na estrutura de renda das famílias brasileiras. No segundo trimestre deste ano, o Brasil tinha 15,2 milhões de lares onde ninguém trabalhava, 2,8 milhões a mais do que no mesmo período de 2014 - um incremento de 22%. Isso significa que um em cada cinco domicílios (21,8% do total) não tinha renda fruto do trabalho (formal ou informal). O levantamento foi feito a pedido do Valor pelos pesquisadores Samuel Franco e Suiani Febroni, do Instituto de Estudos de Trabalho e Sociedade (Iets) e de Oportunidades, Pesquisa e Estudos Sociais (OPE Sociais), a partir dos micro dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). "A crise colocou muitos chefes de família para fora do mercado de trabalho. Em muitos lares, cônjuges e filhos também foram demitidos. 

Membros da família tiveram que buscar emprego para recompor a renda, mas poucos conseguiram. Esse é o motivo mais provável para o resultado da pesquisa. São lares que estão agora sem renda do trabalho e que passam por um momento difícil", diz Franco. 

De acordo com o IBGE, 2,6 milhões de pessoas perderam seus empregos entre o fim de 2014 e o segundo trimestre deste ano. Nesse período, a taxa de desemprego nacional passou de 6,5% para os atuais 13% da força de trabalho. O país tinha 13,5 milhões de pessoas desempregadas no segundo trimestre, mais do que o dobro apurado pelo instituto nos três últimos meses de 2014 (6,4 milhões). No entanto, o número total de pessoas sem renda do trabalho é maior, porque há aqueles que apesar de estarem sem emprego não estão sequer procurando e ainda aqueles que vivem de outras rendas, incluindo aí os aposentados e pensionistas; além daqueles que recebem benefícios de programas de transferência de renda. Segundo o IBGE, o país tinha 64 milhões de pessoas fora da força de trabalho no segundo trimestre.

Franco diz que o envelhecimento da população explicaria apenas uma pequena parcela do aumento do número de residência em que ninguém trabalha. Ao se aposentar, as pessoas deixam de receber a renda do trabalho. Pelas projeções do IBGE, o número de idosos (60 anos ou mais) cresceu 8% de 2014 a 2017 - ou seja, mesmo se todos tivessem se aposentado, a variação seria bem inferior aos 22% encontrados.

Segundo o levantamento, a crise foi mais cruel para as famílias mais pobres. No segundo trimestre, não havia ninguém empregado em 12% dos lares em que o chefe de família cursou o ensino superior (1,4 ponto percentual a mais que o verificado no segundo trimestre de 2014). Quando o chefe de família tem o ensino fundamental incompleto, a proporção era de 32% (cinco pontos acima de 2014).

Para os pesquisadores, as estatísticas mostram, assim, a importância dos programas de transferência de renda em momentos de crise no mercado. "O indicador chama atenção para a importância do funcionamento eficiente das políticas assistenciais, de forma que as famílias que perderam sua fonte de renda possam se manter até recuperara situação ideal", diz Franco.

Na casa da manicure Valeria Resende, de 34 anos, as únicas fontes atuais de renda são o benefício mensal do Bolsa Família e o apoio financeiro recebido do irmão. Desde que perdeu emprego em um salão de beleza, a capixaba vive com os dois filhos, de 8 e 14 anos, sem renda do trabalho. Ela diz que há poucas oportunidades.

"Tenho ensino médio completo e fiz alguns cursos de informática. Mas busco nas agências de emprego e no boca a boca qualquer oportunidade que aparecer", disse Valeria, após ser atendida num centro de referência de assistência social, no Centro do Rio de Janeiro, local de cadastramento dos programas de assistência social da prefeitura e do governo federal.

Quarta, 30 Agosto 2017 23:29

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, protocolou no Supremo Tribunal Federal (STF) uma ação direta de inconstitucionalidade (ADI) contra alguns dispositivos da lei da reforma trabalhista, sancionada em julho e que passa a valer a partir de novembro. A ação foi protocolada na última sexta-feira (25), mas divulgada na segunda, 28. 

Segundo Janot, o projeto de "reforma" que alterou mais de 100 pontos da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), fere, por exemplo, a garantia constitucional do acesso gratuito à Justiça, pois determina que o trabalhador, caso derrotado, tenha que arcar com as custas do processo trabalhista. 

"Com propósito desregulamentador e declarado objetivo de reduzir o número de demandas perante a Justiça do Trabalho, a legislação avançou sobre garantias processuais e viola direito fundamental dos trabalhadores pobres à gratuidade judiciária, como pressuposto de acesso à jurisdição trabalhista", escreveu o procurador-geral da República.

Segundo o texto da reforma, só podem acionara a Justiça gratuita aqueles que recebem até dois salários mínimos ou que, mesmo com salário acima disso, declarem que o pagamento das custas processuais pode prejudicar o sustento próprio ou da família.

Na ADI, Janot pede que seja concedida uma decisão liminar (provisória) para suspender de imediato os trechos da reforma trabalhista que preveem a possibilidade de que, mesmo atendendo aos critérios de acesso à Justiça gratuita, o derrotado numa ação trabalhista seja obrigado a arcar com as custas do processo. 

Quarta, 30 Agosto 2017 23:25

Ao final da segunda rodada do 17° Campeonato de Futsal dos Comerciários de Colatina e região a palavra que define bem os jogos é talento. Os atletas comerciários estão esbanjando talento e as partidas tem sido emocionantes.

Ao todo 18 equipes participam do campeonato. Os times estão divididos em quatro grupos que se enfrentam entre eles. Os dois melhores de cada grupo avançam para as quartas de final. Os jogos são sempre aos domingos, a partir das 8h, na quadra do Ginásio Municipal de Esportes (ADEMC), em Colatina.

O diretor do Sindicomerciários da regional de Colatina, Marcos Aurélio, acredita que o campeonato será acirrado, “estamos indo para a terceira rodada, por enquanto os jogos estão equilibrados, não deu para nenhuma equipe disparar na tabela, isso mostra a habilidade dos atletas comerciários”, pontuou Marcos.

Já o dirigente Joãozinho mostra satisfação com a participação dos trabalhadores tanto dentro, quanto fora de quadra. “Fico emocionado em ver que os trabalhadores e trabalhadores estão participando dos jogos, os atletas se empenham dentro da quadra e a torcida corresponde na arquibancada, é bonito de ver. Isso só fortalece o Sindicato”.

No próximo domingo, 03, os comerciários voltam à quadra para mais um espetáculo de bola. Acesse o link abaixo e acompanhe os resultados, classificação, estatísticas dos jogos e artilharia.

http://www.webcup.com.br/campeonato/comerciarios-2017-1502478563

Terça, 29 Agosto 2017 10:12

Ao final da quarta rodada do XXXIX Campeonato de Futebol de Campo dos Comerciários as equipes começam a pegar ritmo e os jogos passam a ter mais equilíbrio. Desta forma os confrontos acabam sendo uma caixinha de surpresa.

Cinco partidas foram disputadas no último domingo (o jogo entre Carone Sta Lúcia e Economia precisou ser adiado), e os resultados mostram um equilíbrio maior do que nos jogos anteriores. Destaque da rodada vai para o time do Ambra que além da goleada aplicada em cima do Calvi (8 a 1), segue invicto na competição, com 100% de aproveitamento e ainda é o líder da Chave A.

A outra partida no campo do Manoel Plaza, na Serra, foi um empate em 1 a 1 entre Extrabom Porto Canoa e Época. Resultado este que não foi bom para nenhumas das duas equipes, uma vez que até o momento elas estão somando apenas um ponto cada e amargando o penúltimo e último lugar na Chave B.

No Campo do Sesc, em Vila Velha, os atletas do Ricardo Eletro desbancaram o atual campeão, Super Perim, marcando duas vezes contra o adversário e com isso seguem de perto C.D.A e Ambra na tabela. Ainda no Sesc, a equipe do Eurotextil marcou três vezes contra o Perim Jaburuna, mesmo o Perim tendo descontado duas vezes, não deu para arrancar o empate, melhor para a Euro que levou os três pontos e segue líder da Chave B.

No Campo do Jabour, em Vitória, o confronto foi mais equilibrado, Ok Atacado segue na vice-liderança da Chave B após vencer o Carone Vila Velha por 4 a 1.

A próxima rodada é domingo, 03 de setembro, veja abaixo os confrontos e os horários:

 

CAMPO JABOUR

8h30 – WR Veículos x Perim Jaburuna

10h30 – Eurotextil x Extrabom P. Canoa

 

CAMPO MANOEL PLAZA

8h30 – Época x Carone Vila Velha

10h30 – Calvi x Carone Sta Lúcia

 

CAMPO SESC

8h30 – Ricardo Eletro x Ambra

10h30 – C.D.A Extrabom FC x Super Perim

 

[clique aqui] e veja a tabela completa de classificação.

Sexta, 25 Agosto 2017 11:55

O pacote de 57 privatizações anunciado pelo governo golpista do presidente Michel Temer, do PMDB, nos últimos dias tem preocupado segmentos populares e especialistas.

Para o economista Luiz Gonzaga Bellluzzo, professor da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), a iniciativa tende a prejudicar a cadeia de geração de empregos: "A encomenda de equipamentos, de geradores era feita prioritariamente no Brasil, o que provocava incentivo para as empresas privadas contratarem mais gente pra produzir mais equipamentos. Isso gerava renda, emprego, o trabalhador empregado começava a demandar bens e serviços, aí também gerava emprego pra esses setores”.

Antes mesmo do anúncio do pacote, a privatização da Eletrobrás já vinha sendo mencionada pelo governo. A empresa administra 47 hidrelétricas, 270 subestações de energia e seis distribuidoras. Também devem fazer parte do programa de privatizações 18 aeroportos, além determinais portuários, rodovias e outras estatais, como a Casa da Moeda, que emite as notas de real e os passaportes.

O governo justificou a medida como uma tentativa de elevar as receitas, por conta na queda na arrecadação, e tentar cumprir a meta fiscal. O economista Belluzo, no entanto, avalia que a decisão piora a gestão fiscal do Estado e diminui a força do poder público como personagem importante na indução da economia porque vai haver uma perda “na capacidade de administração numa economia complexa, urbana e industrial como é a brasileira. O que se está fazendo é diminuindo a capacidade do Estado brasileiro de promover política de emprego”, avalia.

Integração nacional

A entrega dos aeroportos à iniciativa privada, por exemplo, vem sendo apontada como um dos grandes problemas do pacote anunciado pelo governo. O presidente do Sindicato Nacional dos Aeroportuários, Francisco Lemos, ressalta que essas empresas são de grande relevância para a integração nacional.

Diante da privatização, ele projeta que a população das regiões onde os aeroportos não são considerados rentáveis deve ficar mais desassistida, o que pode prejudicar também os poderes públicos locais: “Esses aeroportos que não são lucrativos vão ficar abandonados à própria sorte, e aí estados e prefeituras terão que tirar recursos de outras áreas, como educação, saúde e segurança dos estados e municípios para colocarem aeroportos”.

Interesse público X interesse privado

Gilberto Cervinski, da coordenação do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), afirma que há uma preocupação especial também com as privatizações no setor elétrico. Para ele, a iniciativa deve deixar a população mais vulnerável a serviços caros e de pior qualidade porque o interesse privado não corresponde ao interesse público.

“Isso vai trazer futuros apagões, isso é praticamente certo, porque o capital não vai investir. O que está acontecendo não é investimento em novas obras pra ampliação do setor. Eles estão apenas tentando se apropriar do que existe. A gente sabe que o capital não investe dinheiro pra construir novas obras. É o Estado que estimula esse processo, são as empresas do governo, porque custa dinheiro”,ressalta Cervinski.

Os empreendimentos do pacote de privatizações devem ser leiloados até o final de 2018. O governo diz que a medida pode gerar investimento de R$ 44 bilhões ao longo do tempo de vigência dos contratos.

Sexta, 25 Agosto 2017 11:52

Falta de concentração, dificuldade de tomar decisões, erros ou acidentes e grande número de faltas são os impactos mais significativos da violência doméstica na vida profissional de milhares de mulheres no Brasil. Pela primeira vez, esses impactos foram contabilizados: a economia do Brasil perde cerca de R$ 1 bilhão devido às consequências da agressão sofrida pelas trabalhadoras dentro de suas casas.

O dado foi apresentado nesta quinta-feira, 24, em coletiva na reitoria da Universidade Federal do Ceará (UFC), em Fortaleza, como parte do segundo relatório da Pesquisa de Condições Socioeconômicas e Violência Doméstica e Familiar, que acompanhou a vida de 10 mil mulheres nas nove capitais nordestinas desde 2016.

As 250 pesquisadoras identificaram e quantificaram o peso dos diferentes tipos de violência na vida laboral feminina. O estudo foi feito em parceria com o Instituto Maria da Penha e com a participação de pesquisadores dos Estados Unidos e da Europa. Segundo o estudo, 48% das entrevistadas de Teresina (PI) disseram ter a saúde mental afetada por conta das agressões sofridas em casa. Em seguida, vem Aracaju (SE), com 42% e Natal (RN), com 40%.

A própria noção de felicidade fica impactada com a convivência com uma pessoa violenta dentro de casa. Somente metade das entrevistadas que sofreram violência doméstica disseram se sentir felizes, contra 74% das que não passam por situações de agressão.

“Eu tinha que ter uma programação em casa que me afastasse dele o máximo possível. Quando ele estava para chegar em casa, eu pegava as crianças para levar para a escola, fazia um lanche antes de ir para o trabalho, porque não tinha almoçado em casa. No trabalho, em alguns momentos, eu estendia o horário para poder compensar algum distanciamento meu”, relata Maria da Penha Fernandes, farmacêutica que deu nome à lei que pune a violência doméstica praticada contra mulheres, sobre o dia a dia no trabalho e os maus-tratos praticados pelo marido.

A pesquisa revelou que, em média, as mulheres que são agredidas dentro de casa faltam 18 dias por ano. Além disso, elas também passam menos tempo empregadas em um local de trabalho: são, em média, 58 meses, contra os 78 meses que uma mulher que não sofre violência permanece empregada.

Por tabela, a situação reflete no salário, que fica reduzido em cerca de 10%. Esse impacto é maior em Fortaleza (CE), onde a trabalhadora vítima de violência ganha o equivalente a R$ 5,98 por hora trabalhada, contra R$ 9,11 das que não são vítimas de violência. Além disso, mulheres negras que vivenciam violência doméstica chegam a ganhar 22% menos do que mulheres brancas que passam pela mesma situação.

“A violência deprecia o capital humano da mulher. Grande parte do empoderamento feminino vem da capacidade de trabalho. O homem produz a violência contra a mulher, causa todos esses impactos, cria uma sequela na economia e retroalimenta essa relação: ele sabota a mulher como trabalhadora e ela perde esse empoderamento. Os setores públicos e privados não fazem praticamente nada para reverter isso”, diz o professor José Raimundo Carvalho Júnior, coordenador da pesquisa.

Como sugestões de mudanças para esse cenário, os pesquisadores defendem políticas de recursos humanos para identificar e apoiar empregadas vítimas de violência. O professor cita como exemplo experiências norte-americanas que promovem, entre outras possibilidades, a mudança de local de trabalho ou de horário como forma de evitar a exposição da trabalhadora ao seu agressor.

“Essas são iniciativas de altruísmo, mas também de bons empresários, pois eles sabem o impacto dessa violência nos seus negócios. Se a situação de violência cessar, essa empregada voltará a ser produtiva. Essa é a lógica econômica e não se pode ter medo disso. No Brasil, ao contrário disso, essas empregadas são demitidas.”

Como política pública possível, uma vez que o Brasil não dispõe de um mecanismo que compreenda a violência doméstica como risco de trabalho, os pesquisadores defendem a aprovação do Projeto de Lei 296, em tramitação no Congresso Nacional desde 2013, que cria o auxílio transitório em decorrência de risco social provocado pela situação de agressão no âmbito familiar.

Sexta, 25 Agosto 2017 11:50

A 15ª Turma do TRT da 2ª Região condenou a Casas Bahia a pagar uma indenização por danos morais a um funcionário que recebeu um apelido considerado desrespeitoso. De acordo com testemunhas do processo, ele era chamado de ‘costela’ ou ‘costelinha’, uma alusão a um problema de desvio de coluna.

Segundo o processo, o desvio fazia com que a costela ficasse saliente, dando a impressão de que era sua barriga. Ao ser chamado de barrigudo pelos colegas de trabalho, o funcionário explicou que tinha esse desvio de coluna. A partir de então, ganhou o apelido.

No processo, o funcionário afirma que era chamado de ‘costelinha’ inclusive na frente de clientes, o que lhe causava constrangimento.

Para os magistrados, o tratamento era desrespeitoso, sobretudo devido à sua condição física, sendo de conhecimento da Casas Bahia e do gerente da loja, que também fazia uso do apelido. Segundo eles, a conduta “constitui experiência subjetiva com prejuízos emocionais para o trabalhador e deve ser coibida”.

O TRT também condenou a Casas Bahia por expor o funcionário a esforços físicos, como carregar aparelhos de TV. Esses esforços teriam agravado o problema lombar do funcionário. Para os magistrados, a empresa não proporcionou um ambiente de trabalho seguro nem preservou a saúde do funcionário, cujo exame admissional recomendava evitar esforços físicos.

Para a questão do apelido, os magistrados fixaram a indenização em R$ 5.000. Para a reclamação sobre esforços físicos, a condenação foi de R$ 20 mil. No total, a condenação chega a R$ 450 mil, considerando outros itens do processo, horas extras, integração de valores pagos “por fora” a título de comissões e gueltas (prêmios pagos por fornecedores a empregados de terceiros a título de incentivo de vendas).

Procurada, a Via Varejo, administradora da Casas Bahia, informa que “desenvolve treinamentos -presenciais e virtuais –, materiais comunicação e demais ações que visem estabelecer relações baseadas na transparência e na ética e no respeito à dignidade e ao valor de cada pessoa”. “Como o caso em questão está sub júdice, a empresa não irá comentá-lo.”