O volume de vendas no comércio varejista cresceu 0,7% de outubro para novembro, a nona alta seguida, enquanto a receita, que cresce desde março de 2012, aumentou 1,1%. Os dados foram divulgados na manhã de ontem (16) pelo IBGE. Na comparação com novembro do ano anterior, o volume subiu 7% e a receita, 13,8%. De janeiro a novembro de 2013, as vendas crescem 4,3% e em 12 meses, 4,4%. Nos mesmos períodos, a receita aumenta 12% e 11,9%, respectivamente.
Na comparação com outubro, no chamado comércio ampliado (que inclui veículos e material de construção), o IBGE apurou altas em nove das dez atividades pesquisadas, com destaque para veículos e motos, partes e peças (2,5%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (1,6%), tecidos, vestuário e calçados (1,5%), móveis e eletrodomésticos (1,5%), entre outros. A única queda foi do setor de equipamentos de escritório, informática e comunicação (-2,1%).
Em relação a novembro de 2012, as vendas do comércio varejista cresceram nas oito atividades, principalmente em hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com alta de 5,7%. Segundo o IBGE, o segmento segue exercendo o principal impacto sobre o varejo (40%). "A despeito do aumento do poder de compra da população, a atividade continua abaixo da média, refletindo os preços do setor que, nos últimos doze meses, cresceram acima da inflação", ressalva o instituto. Esse segmento acumula alta de 1,9% no ano e de 2,3% em 12 meses.
A segunda maior influência (17%) vem de móveis e eletrodomésticos, que cresceu 9,1% sobre novembro do ano anterior. "Mesmo com as alíquotas de IPI para a linha branca e para móveis sendo gradualmente repostas desde outubro, o setor mostrou resultado superior à média", comenta o IBGE. O segmento concentra alta de 5,8% no ano e 6,1% em 12 meses. "Apesar dos incentivos reduzidos, o setor acumula desempenho acima da média do comércio varejista, decorrente do comportamento favorável da renda e do crédito."
Entre as regiões, cresceu o volume de vendas em 26 das 27 unidades da federação – a exceção foi Roraima (-1,3%). As maiores elevações foram registradas em Rondônia (16,9%), Acre (13,7%); Maranhão (13,4%), Paraíba (12,0%) e Paraná (10,0%). Entre os principais mercados, São Paulo cresceu 6,4% sobre novembro de 2012 e o Rio de Janeiro, 8,8%. Também se destacam Paraná (10%), Minas Gerais (5,3%) e Rio Grande do Sul (5,1%).