A nova pesquisa do IBGE, que busca captar as oscilações do mercado de trabalho em todo o país e não apenas nas seis principais regiões metropolitanas, mostra taxa de desemprego relativamente estável, mas com diferenças regionais, que também se refletem na forma de inserção nesse mercado. No segundo trimestre de 2013, a taxa média nacional ficou em 7,4% – chegando a 4,3% na região Sul e a 10% no Nordeste (8,3% no Norte, 7,2% no Sudeste e 6% no Centro-Oeste), de acordo com os dados divulgados hoje (17). Em 2012, a taxa de desemprego variou de 7,9%, no primeiro trimestre, para 6,9% no último.
São 90,6 milhões de ocupados, 1,2 milhão a mais do que no primeiro trimestre, e 7,3 milhões de desempregados, 500 mil a menos. A taxa recua de 8%, no primeiro trimestre do ano passado, para 7,4%. Os dados não são comparáveis aos da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), que será divulgada até o final deste ano. A atual Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), anual, será substituída pela chamada Pnad Contínua, divulgada a partir de hoje.
Segundo a nova pesquisa, no segundo trimestre do ano passado 76,4% dos empregados no setor privado tinham carteira assinada, ante 75,5% em igual período de 2012. A formalização atingia 61,5% no Nordeste e 84% na região Sul, chegando a 80,8% no Sudeste, 77,4% no Centro-Oeste e 65,3% no Norte. A presença de trabalhadores por conta própria era maior no Norte (30,6%) e no Nordeste (29,3%).
Dos mais de 90 milhões de ocupados no segundo trimestre, 69,7% eram empregados, 23% eram trabalhadores por conta própria, 4,1%, empregadores e 3,1%, trabalhadores familiares auxiliares (pela definição do IBGE, são aqueles que não recebem remuneração, mas que contribuem, com o seu trabalho em negócio da família, para o rendimento domiciliar). Entre os empregados, 50,7% estavam no setor privado, 6,6% eram trabalhadores domésticos e 12,4% ficavam no setor público. E entre os que trabalhavam no setor doméstico, 30,8% tinham carteira assinada, ante 31,5% no segundo trimestre de 2012.
O desemprego era maior entre as mulheres (9,3%) do que entre os homens (6%). E fica acima da média nacional no caso dos jovens de 18 a 24 anos (15,4%), comportamento verificado pelo IBGE em todas as regiões. Também era maior para pessoas ensino médio incompleto (12,7%).
As divulgações sobre emprego e desemprego passarão a ser trimestrais em vez de mensais, e nacionais em vez de se restringir a seis áreas metropolitanas. Com isso, a série histórica se perderá, uma vez que os resultados da PME e da Pnad Contínua não são comparáveis. O IBGE já informou que estuda alternativas para manter atualizações mensais.