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Quinta, Dez 03 2015

Para tentar desvirtuar o foco das denúncias contra si mesmo, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, aceitou o pedido de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff. Foi o melhor que poderia ter acontecido: Dilma está sofrendo esta retaliação porque o PT anunciou que vai votar a favor da continuidade do processo de cassação de Cunha, vai ajudar a varrê-lo do Parlamento. O partido atende, assim, às expectativas de seus eleitores e livra a presidenta de uma chantagem. Não se pode fazer acordos com um inimigo do país. Eduardo Cunha representa o que há de mais sórdido na política brasileira hoje.

Esta depuração será muito positiva. Vamos ver quem é que vai ficar ao lado de um político acusado de corrupção contra uma presidente honesta, vamos ver quem é de fato a favor da lisura na política e quem não é. Imaginem: Cunha, acusado de esconder contas na Suíça e de receber milhões de dólares em propina, pretende julgar a honestidade de Dilma, contra quem não pesa nenhuma acusação de corrupção. De que lado os defensores da ética na política irão ficar? Eu já escolhi o meu.

Espero que o Congresso não aceite o impeachment. Mas queria imaginar com vocês o que seria do Brasil se este crápula conseguisse derrubar a presidente, tornando-se o segundo na linha de sucessão depois de Michel Temer (é o terceiro hoje). Ou seja, se acontecesse algo com Temer, ele poderia se tornar presidente da república! Que país teríamos, então?

– Um país dominado pela corrupção, pela sujeira eleitoral, pela barganha, pelos conchavos, pelas chantagens, pelo domínio do poder econômico. Tudo isto é característico de Cunha e de seu grupo político.

– Um país que persegue homossexuais.

– Um país que restringe a liberdade das mulheres e as força a ter filhos inclusive de estupradores.

– Um país que persegue praticantes de outras religiões que não a “oficial”.

– Um país que permite à religião se imiscuir nos assuntos de Estado e na educação das crianças.

– Um país que permite às igrejas confrontar decisões do Supremo Tribunal Federal.

Não parece o Irã? Pois é este o país que Eduardo Cunha quer. Tem projetos dele e do grupo dele tramitando na Câmara com os objetivos citados acima. Que mais este homem, com o poder nas mãos, poderia fazer? Tenho medo de imaginar. Cunha não é só um político acusado de corrupção. Ele é um político extremamente perigoso, que mistura religião com política. Quando isto acontece, já sabemos no que se transforma um país. É preciso pará-lo já.

O impeachment de Dilma não é nada diante do que Eduardo Cunha representa para o futuro do Brasil. Não é este país retrógrado, medieval, atrasado, que eu quero para os meus filhos. E você?

Quarta, Dez 02 2015

A nova Direção Executiva da CUT, em sua primeira reunião ocorrida no dia 25 de novembro de 2015 em São Paulo, avaliou como preocupante o cenário adverso para a classe trabalhadora no plano internacional. Os tratados comerciais de última geração (TTP-Tratado Trans Pacífico, TISA-Tratado Internacional sobre Serviços, o Acordo EUA e União Europeia e a Aliança do Pacífico) restringem o papel dos estados nacionais na regulação das relações de trabalho, submetendo-os aos interesses das empresas transnacionais. Assiste-se, ao mesmo tempo, ao revigoramento da ação do capital contra o trabalho visando a retirada de direitos, situação que avança nos países que adotam ou são forçados a adotar políticas de austeridade como parte do receituário neoliberal para a saída da crise econômica. Esta ofensiva ficou evidente na ação dos representantes dos empresários na OIT, questionando a abrangência da convenção que regula o direito de greve. É o futuro do trabalho que está em jogo, desafio fundamental colocado para o movimento sindical internacional.

A vitória do candidato da direita nas eleições presidenciais da Argentina, cujo programa de governo aponta para o alinhamento à ortodoxia recessiva ditada pelo FMI e pelo Banco Mundial, pode alterar a correlação de forças no Cone Sul, com o enfraquecimento do Mercosul. O presidente eleito declarou-se a favor da realização de acordos bilaterais e do questionamento da permanência da Venezuela no bloco.

No plano nacional, continuamos a vivenciar uma situação de crise política e econômica que se aprofunda, gerando no seu desdobramento uma crise também social. São processos que se influenciam mutuamente, embora sua raiz esteja na esfera política. Iniciamos o ano sob a enorme tensão provocada pela direita que não aceitou os resultados das urnas em outubro de 2014 e que vem insistindo no golpe para atalhar seu caminho ao poder.

O governo adotou uma política econômica recessiva para combater a crise econômica que, além de contradizer o projeto defendido durante a campanha eleitoral, penalizou a classe trabalhadora com a perda de direitos e provocou a recessão, que já atinge todos os setores da economia, de forma mais intensa a indústria, a construção civil e os as empresas vinculadas ao setor de petróleo e gás, travados pelos efeitos da Operação Lava Jato. Perdeu bases de sustentação política, chegando à situação apontada como fase terminal do sistema presidencialista de coalizão: nem a última reforma ministerial conseguiu saciar o apetite dos partidos aliados que continuam votando contra os projetos do governo no Congresso. O PMDB, apesar de suas diferenças internas, prepara-se para descolar-se de Dilma, ou para substituí-la no caso de se efetivar o impeachment, como sinaliza o documento lançado por Michel Temer: Uma Ponte para o Futuro. A conjugação desses processos tem acarretado a paralisia do sistema político, ao mesmo tempo em que contamina e acentua a crise econômica.

As forças conservadoras ganharam força na sociedade, impulsionadas pela mídia, por manifestações de rua, pelos desdobramentos da Operação Lava Jato que tem feito uso seletivo de informações para investigar e que tem julgado, de forma igualmente seletiva, os envolvidos em atos de corrupção, com o objetivo principal de criminalizar o PT, desgastar o governo e impedir a volta de Lula em 2018. Continuam disseminando o ódio de classe e a intolerância. Tiveram avanço expressivo no Congresso, onde promovem a retirada de direitos trabalhistas e o retrocesso dos direitos humanos.

Ao longo de 2015, a CUT assumiu uma posição firme de contestação da atual política econômica, de rejeição ao golpe, de combate às forças conservadoras, de defesa incondicional dos direitos da classe trabalhadora e de seus interesses históricos. Promoveu inúmeras manifestações, mobilizando massivamente suas bases e fortalecendo as relações com os movimentos populares sociais. “Nenhum direito a menos”, “Não haverá golpe”, “Fora Levy”, “Fora Cunha” foram os gritos de guerra ouvidos no local de trabalho e que ecoaram nas praças e avenidas no emblemático dia 13 de março, no encontro dos movimentos sociais com Dilma no Palácio do Planalto, na Marcha das Margaridas, na Marcha das Mulheres Negras, nas Assembleias de Base, nos CECUTs e em tantas outras manifestações ocorridas no país, demonstrando a disposição de luta da classe trabalhadora e de setores democráticos e populares da sociedade. A CUT passou a ter um papel fundamental na resistência ao golpe, articulando a Frente Brasil Popular, da mesma forma como vem atuando na Frente Povo Sem Medo.

Nesse clima de intensa mobilização, a CUT realizou em outubro um dos mais empolgantes Congressos de sua história, com a presença de cerca de 2300 delegados e de uma delegação internacional representando o movimento sindical de 120 países. Contou com a participação especial do ex-presidente do Uruguai, José Mujica, do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidenta Dilma Rousseff. Selou-se ali o compromisso da classe trabalhadora com a defesa da democracia, dos direitos, do desenvolvimento, do emprego, da educação, das políticas públicas e do fortalecimento de seu projeto organizativo. Foi traçado, assim, o caminho a ser percorrido nos próximos anos, indicando o papel da Central na luta de classes que se desenrola no país.

As resoluções do 12º CONCUT tornaram-se a principal referência para a escolha das ações estratégicas da CUT neste mandato (2015-2019). São também a principal referência para os desafios que a CUT enfrenta no curto prazo na atual conjuntura. É preciso avançar na estruturação das forças democrático-populares, buscando a unificação da Frente Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo em torno de uma agenda que agregue outros setores da sociedade comprometidos com propostas concretas de saída para a crise política e econômica.

A recessão tem provocado o aumento do desemprego, especialmente nos setores da construção civil, da indústria petrolífera e de gás, duramente afetados pelos efeitos da Lava-Jato. A CUT vê com preocupação este quadro e apóia a iniciativa que as Centrais Sindicais vêm desenvolvendo junto com empresários desses setores na busca de alternativa jurídica (acordo de leniência) que puna as pessoas físicas responsáveis por crimes de corrupção e assegure às empresas a continuidade das atividades. Apóia também a busca por instrumentos que estimulem a recuperação econômica das empresas e a geração de emprego. A CUT entende, no entanto, que esta iniciativa das Centrais com os empresários deve ser vista como pontual. A saída duradoura para a crise, defendida pela Central, está na implementação das resoluções do 12º CONCUT que reafirmam a necessidade da substituição da atual política econômica, de caráter recessivo, por uma política que promova o crescimento, gere empregos, distribua a renda e diminua as desigualdades sociais e regionais. Defende a retomada das obras do PAC e a manutenção do plano original de investimento da Petrobrás, sendo contrária ao desmembramento da empresa e à venda de seus ativos. Para atingir estes objetivos, o caminho continua sendo o da mobilização e luta nos espaços construídos pelas forças democrático-populares.

No plano imediato, destaca-se o crime ambiental em Mariana, MG, causado pela mineradora SAMARCO MINERAÇÃO S.A. com o rompimento da barragem de Fundão, despejando um mar de lama tóxica que soterrou vilas, matou 15 pessoas (outras 8 continuam desaparecidas), contaminou a água e disseminou a morte na bacia do Rio Doce, atingindo 228 municípios (202 em MG e 26 em ES) e cerca de 4 milhões de pessoas, espraiando-se mar adentro. Foi um crime contra a vida, inafiançável. Não se tem ainda uma avaliação exata da dimensão deste crime de ampla repercussão internacional. A recuperação ambiental levará décadas. A CUT Nacional considera que o problema teve origem no processo de privatização da Vale do Rio Doce, promovido durante o governo FHC, foi agravado pelo descaso da SAMARCO com os procedimentos básicos de segurança da barragem, assim como pela inoperância dos órgãos fiscalizadores do governo. Solidariza-se com as vítimas desse crime ambiental e junta-se às Estaduais da CUT MG e ES nas ações que estão sendo desenvolvidas para assistir a população, assegurar o reparo dos danos causados e exigir a punição exemplar da SAMARCO e das empresas a ela associadas (VALE e BHP BILLITON).

A CUT acompanhará e intervirá no Congresso Nacional, nas Assembleias Legislativas e Câmaras Municipais que buscam, sob pressão do financiamento privado de campanha, facilitar ainda mais a operação das mineradoras, ampliando a flexibilização as leis de uso do solo, as concessões de licenças, a utilização de recursos hídricos, sobrepujando os interesses das atividades de extração de minérios aos direitos das comunidades tradicionais, populações ribeirinhas e de todos que dependem do uso do solo ou das águas. A CUT dará destaque a esta questão durante a COP21 em Paris, de 30 de novembro a 11 de dezembro. Aprovou a criação de um GT composto por diversas secretarias, sob a coordenação da Secretaria Geral, para articular a ação da Central nesta questão.

Um dos principais temas debatidos no 12º CONCUT foi a defesa da educação pública gratuita e de qualidade, socialmente referenciada. Em defesa dessa política, os professores protagonizaram em 2015 duras lutas contra governos estaduais que vêm precarizando a qualidade do ensino e as condições de trabalho dos/as trabalhadores/as do ensino. A CUT deve dar centralidade a esta luta, fazendo avançar as propostas aprovadas no 12º CONCUT e assumindo uma postura firme contra as iniciativas contrárias a este projeto, como a campanha “Escola sem partido” e o fechamento de escolas da rede pública. O governo Alckmin, como seus antecessores do PSDB, vem desenvolvendo, de longa data, a precarização do ensino público no estado de São Paulo.

A CUT condena suas medidas mais recentes de fechamento de escolas como parte do processo de reorganização da rede estadual de ensino. Solidariza-se e apóia o movimento de ocupação de escolas feito pelos alunos, num gesto emblemático de resistência. Orientamos as Estaduais da CUT a se juntarem aos sindicatos dos professores e à CNTE no apoio aos movimentos dos estudantes que estão eclodindo em outras regiões do país em defesa da educação pública de qualidade. As lutas das novas gerações são um sopro de renovação e de esperança para a classe trabalhadora.

A Direção Executiva aprovou ainda as diretrizes do planejamento do mandato, a ser realizado em fevereiro de 2016 e que focará no Plano de Lutas aprovado no 12º CONCUT, priorizando as ações que a CUT desenvolverá no médio e longo prazo. Decidiu prorrogar o mandato da atual direção o IC-CUT até a próxima reunião da Direção Executiva, prevista para fevereiro de 2016.

 

EM DEFESA DA DEMOCRACIA E DOS DIREITOS
EM DEFESA DO DESENVOLVIMENTO E DO EMPREGO
EM DEFESA DA EDUCAÇÃO E CONTRA O FECHAMENTO DE ESCOLAS
PELA PUNIÇÃO EXEMPLAR DAS EMPRESAS CULPADAS PELO CRIME AMBIENTAL OCORRIDO EM MARIANA E NA BACIA DO RIO DOCE
SOMOS FORTES, SOMOS CUT!

 

JORNADA DE LUTAS DE DEZEMBRO

• DIA 1º /12 – MARCHA EM DEFESA DO SISTEMA ÚNICO DA SAÚDE, EM BRASÍLIA. As entidades de base, Estaduais e Ramos devem organizar caravanas à capital federal. O local de concentração é a Catedral de Brasília, a partir das 13 horas. Haverá uma marcha rumo ao Congresso Nacional, com início às 14 horas. No local haverá distribuição de camisetas, coletes e bonés da CUT.

Caso não seja possível a participação direta, nossas entidades devem apoiar as caravanas das Estaduais e Ramos da CUT do Distrito Federal, Goiás e Triângulo Mineiro.

Os/as delegados/as da 15ª Conferência sairão do centro de Convenções Ulisses Guimarães até a Catedral. Farão o retorno do Congresso Nacional para o Centro Ulisses Guimarães, marcando com essa mobilização a abertura da 15ª Conferência Nacional da Saúde, prevista para as 18 horas, e cujo tema é: “Saúde pública e qualidade para cuidar bem das pessoas: direito do povo brasileiro”. O ato é organizado pela Frente em defesa do SUS, da qual a CUT participa.

• DIA 03/12 – Ato das Centrais Sindicais – Compromisso pelo Desenvolvimento. Às 10h, no Centro Social Hakka Brasil, Rua São Joaquim, 460, São Paulo.

• DIA 8/12 – MANIFESTAÇÃO EM DEFESA DO DESENVOLVIMENTO E DO EMPREGO, organizada pela CUT-RJ e FUP. Concentração na Candelária, às 16 h. Às 17h, caminhada em direção à Cinelândia onde será realizado o ato, com parada em frente à sede da Petrobras.

• DIA 9/12 – Reunião do Fórum de Debate de Política de Emprego, Trabalho e Renda e Previdência Social. Entrega do Documento Compromisso pelo Desenvolvimento à Presidenta Dilma, com propostas de dinamização e geração de emprego e renda nos setores de petróleo e gás e construção civil.

DIREÇÃO EXECUTIVA DA CUT

Terça, Dez 01 2015

Sindicalistas ligados à CUT e um parlamentar foram à Brasília na semana passada para pleitear crédito emergencial aos trabalhadores da agricultura familiar do Espírito Santo. O setor foi fortemente atingido pelas consequências do rompimento de duas barragens da mineradora Samarco, em Mariana, Minas Gerais, no dia 5 de novembro.

A comissão que veio a Brasília é composta pelo presidente da CUT-ES, Jasseir Alves Fernandes, pelo presidente da Federação dos Trabalhadores Rurais, Agricultores e Agricultoras Familiares do ES – Fetaes, Julio Cezar Mendel, e o deputado estadual José Carlos Nunes. Desde o início da semana, eles percorreram diversos órgãos públicos para informar o prejuízo causado aos trabalhadores da agricultura familiar pela falta de água do estado e pedir apoio à solução do problema.

“Nós temos hoje no Espírito Santo cerca de 130 mil propriedades, 90% dessas propriedades formam a base da agricultura familiar. E com essa crise hídrica que se alastrou – e tudo indica que não será nada bom no próximo ano –, ocorreu também o endividamento dos trabalhadores desse setor junto aos bancos. Ou seja, além de perder a produção, não têm recurso para pagar os seus financiamentos. Então nossa agenda aqui (em Brasília) é no sentido de minimizar essa situação, prorrogando essa dívida com a carência de quatro anos, e dez anos para pagar. Nós sabemos que isso não resolve o problema, mas dá um alívio para os agricultores”, explica o presidente da Fetaes, Julio Cezar Mendel.

A interrupção do abastecimento de água ocasionada pelo trajeto da lama de rejeitos pelo rio Doce agravou ainda mais a crise hídrica enfrentada pelo estado do Espírito Santo, que já estava sob alerta diante do baixo nível de chuvas. Devido ao período seco, um banco de areia formou-se e está impedindo a chegada da lama ao mar, o que aumenta os prejuízos à população.

Além do trabalho pela aquisição de crédito emergencial aos trabalhadores rurais, a CUT-ES vem atuando solidamente para garantir que as empresas responsáveis pelo rompimento da barragem em Mariana sejam punidas e construam ações afirmativas que minimizem os impactos sofridos pelos trabalhadores.

“Nós temos feito um debate no estado do Espírito Santo, juntamente com o Ministério do Trabalho, para responsabilizar a empresa (Sanmarco) e exigir que ela proponha ações que garantam o emprego dos trabalhadores que foram prejudicados pela irresponsabilidade da Samarco e da Vale do Rio Doce, que é uma das donas da Samarco”, explica o presidente da CUT-ES, Jasseir Alves Fernandes.

Ele diz que o rompimento da barragem em Mariana impactou não só no meio ambiente capixaba, mas em toda a população do estado. “O rompimento da barragem impactou diretamente na morte do rio Doce, atingindo, inicialmente, as comunidades ribeirinhas, crise que se alastrou para o restante da população. Um exemplo é o município de Colatina, que não tem água, pois a água que abastecia a cidade era retirada do rio Doce. Então, muitas famílias estão migrando do entorno do rio para outros locais”, conta. Ele lembra que os primeiros atingidos foram os trabalhadores rurais, mas, agora, comerciários, trabalhadores da construção civil e de outros setores também já sentem os prejuízos.

Em nota, a Fetaes manifestou repúdio à irresponsabilidade da Samarco, da Vale e da BHP Billiton, que resultaram no crime realizado em Mariana. “Somos agricultores e agricultoras e conhecemos bem como funciona uma barragem. Para nós, o ocorrido demonstra omissão, intransigência e ganância por lucros imensuráveis”, diz trecho da nota.

Terça, Dez 01 2015

Promover filiações de sindicalistas e sindicalizados ao PT, reativar ou fortalecer os setoriais sindicais dentro do partido e participar das atividades partidárias com frequência. Cobrar e abrir mais espaço para lideranças trabalhistas dentro da legenda e não submetê-la à lógica predominante dos mandatos parlamentares e executivos.

Essas são algumas das propostas para revitalizar o PT e defender sua história e conquistas, debatidas na manhã desta sexta-feira, 27, no Encontro Nacional dos Sindicalistas do PT, realizado no auditório do Sindicato dos Químicos de São Paulo. O encontro foi uma iniciativa da Secretaria Sindical Nacional do PT.

E, como não poderia deixar de ser, o “Fora Levy” foi entoado como grito de guerra pelo plenário, pedindo mudanças na política econômica adotada, fortemente orientada pela austeridade fiscal.

O presidente da CSI João Felício, cuja fala abriu o encontro, sintetizou assim o espírito da atividade: “Nós não estamos aqui para disputar cargos no PT (...) nem cogitamos deixá-lo. Quem está saindo do PT num momento como esse, para nós, nunca foi petista”, disse, destacando aqueles que se filiaram ao partido na esteira da eleição de Lula presidente.

O ex-tesoureiro do PT e da CUT, João Vaccari Neto, foi lembrado como exemplo de militante partidário honesto e leal, preso pela Lava Jato sem nenhuma prova, ao arrepio da legislação e da Constituição brasileiras. Faixa no auditório pedia liberdade imediata para Vaccari.

Por outro lado, o senador Delcídio Amaral, preso esta semana pela mesma Lava Jato, foi citado como exemplo negativo de aproximação com setores estranhos à história e aos princípios que deram origem ao PT.

Coube ao advogado Luiz Eduardo Greenhalg fazer um resumo da Operação Lava Jato, que criticou por, entre outras razões, desprezar o Código de Processo Penal e a Constituição, quebrando portanto a lei, com o claro objetivo de atacar o PT e suas lideranças. Segundo o advogado, a operação é seletiva e poupa dirigentes de outras legendas.

O presidente da CUT São Paulo Douglas Izzo elogiou recentes manifestações das quais a CUT participou, citando-as como ferramentas para romper a crise que se abate sobre o PT e estreitar as relações com o movimento sindical. Ele lembrou especialmente da Marcha das Mulheres Negras, “que enfrentou os reacionários em Brasília” (leia mais aqui). Professor da rede estadual de ensino paulista, Douglas também destacou o movimento de estudantes que ocupa mais de uma centena de escolas atualmente, contra projeto de reorganização do ensino do governo do PSDB, que na prática pretende fechar 94 escolas.

O deputado federal Vicente Cândido (SP) apresentou durante o encontro a síntese de um projeto de reforma tributária que a bancada do PT promete encaminhar ao Congresso ainda este ano. Na proposta, bandeiras historicamente defendidas pela CUT, como o imposto sobre grandes fortunas e uma tabela de imposto de renda progressiva, pela qual quem ganha menos paga menos - ou paga nada, quando o salário estiver abaixo do salário mínimo necessário defendido pelo Dieese – e quem ganha mais, paga mais.

Rui Falcão, presidente nacional do PT, participou da abertura do encontro. Reiterou que os ataques do Judiciário e da mídia têm como verdadeiro objetivo acabar com o PT, travestidos de campanha por moralidade e correção. Ele também mencionou a aprovação do projeto que garante direito de resposta na mídia como um novo instrumento que pode ajudar o partido neste combate.

No encontro, os sindicalistas cutistas também reapresentaram carta aberta ao PT, entregue oficilamente durante o 5º Congresso do partido, em junho deste ano. Na manhã desta sexta, também participaram dos debates na sede dos Químicos dirigentes sindicais de outras centrais.

Segunda, Nov 30 2015

O Dia Mundial de Luta Contra a AIDS é celebrado no dia 1º de dezembro por uma decisão da Assembléia da Organização Mundial de Saúde, realizada em outubro de 1987, com apoio da ONU. No Brasil, a data passou a ser adotada, a partir de 1988.

Segundo estimativas do Ministério da Saúde, o número de pessoas infectadas pelo HIV no Brasil é de aproximadamente 530.000. Dessas pessoas, 25,4% não sabem que estão infectadas, e cerca de 30% dos pacientes ainda chegam ao serviço de saúde tardiamente.

O que é HIV

É o causador da AIDS. O HIV (vírus da imunodeficiência humana) recebe esse nome, pois destrói o sistema imunológico. Ter o HIV não é a mesma coisa que ter a AIDS. Há portadores do vírus (soropositivos) que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença. Mas, podem transmitir o vírus a outros pelas relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação. Por isso, é sempre importante fazer o teste e se proteger em todas as situações.

O que é AIDS

AIDS é a Síndrome da Imunodeficiência Humana, e se caracteriza pelo enfraquecimento do sistema de defesa do corpo e pelo aparecimento das doenças oportunistas. Como esse vírus ataca as células de defesa do nosso corpo, o organismo fica mais vulnerável a diversas doenças, de um simples resfriado a infecções mais graves como tuberculose e até alguns tipos de cânceres.

Como se pega o HIV

Como o HIV, está presente no sangue, sêmen, secreção vaginal e leite materno, o vírus pode ser transmitido de várias formas:

• Sexo sem camisinha (oral, vaginal ou anal);
• Compartilhando agulhas e seringas contaminadas;
• Da mãe infectada para o bebê durante a gravidez, na hora do parto e/ou amamentação;
• Transfusão de sangue contaminado com o HIV;
• Instrumentos que furam ou cortam, não esterilizados.

Evitar a doença não é difícil. Basta usar camisinha em todas as relações sexuais e não compartilhar seringa, agulha e outro objeto cortante com outras pessoas.

Como sei se tenho HIV

Basta fazer um dos testes existentes para diagnosticar a doença. O resultado é seguro e sigiloso. É realizado a partir da coleta de sangue. Os pacientes que tiverem o resultado positivo devem fazer acompanhamento médico.

Por que fazer o teste de AIDS

Saber do contágio pelo HIV precocemente aumenta a expectativa de vida do soropositivo. Quem busca tratamento especializado no tempo certo e segue as recomendações do médico ganha em qualidade de vida. Além disso, as mães soropositivas têm 99% de chance de terem filhos sem o HIV se seguirem o tratamento recomendado durante o pré-natal, parto e pós-parto.

A infecção pelo HIV pode ser detectada com, pelo menos, 30 dias a contar da situação de risco. Isso porque o exame (o laboratorial ou o teste rápido) busca por anticorpos contra o HIV no sangue. Esse período é chamado de janela imunológica.

Como é o tratamento

O Brasil já encontrou um modelo de tratamento para a Síndrome de Imunodeficiência Adquirida, que hoje é considerado pela OMS uma referência para o mundo.

O tratamento inclui acompanhamento periódico com profissionais de saúde e a realização exames. A pessoa só vai começar a tomar os medicamentos antirretrovirais quando exames clínicos e de laboratório indicarem a necessidade. Esses remédios buscam manter o HIV sob controle o maior tempo possível. A medicação diminui a multiplicação do vírus no corpo e recupera as defesas do organismo.

Para que o tratamento dê certo, o paciente não pode se esquecer de tomar os remédios ou abandoná-los, pois dessa forma o vírus pode criar resistência e, com isso, as opções de medicamentos diminuem. A adesão ao tratamento é fundamental para a qualidade de vida.

Acompanhamento médico O acompanhamento médico da infecção pelo HIV é essencial, tanto para quem não apresenta sintomas e não toma remédios (fase assintomática), quanto para quem já exibe algum sinal da doença e segue tratamento com os medicamentos antirretrovirais, fase que os médicos classificam como AIDS.

Tomar os remédios conforme as indicações do médico são fundamentais para ter sucesso no tratamento. O uso irregular dos antirretrovirais acelera o processo de resistência do vírus aos medicamentos, por isso, toda e qualquer decisão sobre interrupção ou troca de medicamentos deve ser tomada com o consentimento do médico que acompanha o paciente.

É possível viver bem com a AIDS

Atualmente, existem os medicamentos antirretrovirais - coquetéis antiaids que aumentam a sobrevida dos soropositivos. É fundamental seguir todas as recomendações médicas e tomar o medicamento conforme a prescrição, ou seja, aderir ao tratamento. Há, também, outras atitudes que oferecem qualidade de vida, como praticar exercícios e ter uma alimentação equilibrada.

Mesmo em tratamento, a pessoa com AIDS pode e deve levar uma vida normal, sem abandonar a sua vida afetiva e social. Ela deve trabalhar, namorar, beijar, passear, se divertir e fazer amigos.

O Dia Mundial de Luta contra a AIDS foi criado para informar a população sobre a necessidade de prevenção da doença. O preconceito e a discriminação são as maiores barreiras no combate à doença, e os estigmas são provocados principalmente pela falta de conhecimento, mitos e medos.

A Campanha do Dia Mundial de Luta contra a AIDS do Ministério da Saúde deste ano irá realizar uma mobilização nacional para testagem de sífilis, HIV e hepatites virais (B e C). Durante 10 dias, todas as pessoas que desejarem saber sua condição podem procurar as unidades da rede pública e os Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA) em todo o país.

Sexta, Nov 27 2015

A Chapa CUTista venceu com 5.299 votos, e irá representar a categoria no próximo triênio 2015-2018

Chegou ao final à apuração de votos para a Diretoria Geral e do Conselho Fiscal do Sindicato dos Trabalhadores na Educação Pública do Estado do Espírito Santo (SINDIUPES).

Foram dois dias de intenso trabalho para a comissão eleitoral, onde 25 mil filiados puderam democraticamente escolher a diretoria do próximo triênio 2015-2018. Para a realização da eleição foram disponibilizadas 329 urnas coletoras de votos nos 78 municípios capixabas.

A Chapa vencedora ganhou as eleições com ampla margem de diferença de votos, foram necessários 8 dias para apuração total dos votos, realizada na Sede do sindicato. Ao final, 5.299 votos foram computados pela Chapa 2 CUTista e 4.002 votos pela Chapa 1. Presidente da CUT-ES, Jasseir Alves, esteve presente durante a apuração dos votos.

A integrante da Chapa 2 e vice-presidente da CUT –ES, Noêmia Simonassi, explica que a eleição contou com a participação ativa da categoria, foram mais de 10 mil trabalhadores em educação de todo o Espírito Santo votando pelas melhorias da classe. Para Noêmia, o momento agora é de união para alcançar os objetivos dos sindicalistas. “O momento da disputa já acabou, precisamos nos manter unidos para conquistar e alcançar nossos objetivos pela defesa dos trabalhadores e seus avanços”, afirma.

Por: Hadassa Nunes

Sexta, Nov 13 2015

O Instituto Germano de Quevedo de Ensino e Capacitação ao Comerciário (IECC) acaba de certificar mais uma turma do curso “Qualificação e capacitação ao emprego”. Ao todo, três turmas já foram concluídas e receberam o certificado nesta semana.

O curso tem como objetivo preparar os alunos para uma vaga de emprego. Durante os dois dias, os alunos recebem orientações de como preparar um currículo, como se comportar em uma entrevista de emprego e dinâmicas de grupo, aprendem ainda qual deve ser a postura de um profissional em seu ambiente de trabalho, entre outros.

Para o presidente do IECC, Rodrigo Rocha, é nessa época do ano, sobretudo no comércio, que as contratações temporárias acontecem, estar preparado para uma dessas vagas é fundamental, “para as pessoas que estão em busca do primeiro emprego, ou retornar ao mercado de trabalho é importante que estejam preparados e antenados a tudo que se passa ao seu redor, o curso oferecido por nós trará ao candidato essa oportunidade de se qualificar”, disse Rodrigo.

Esse é o primeiro curso realizado pelo instituto, as turmas vão até 14 de dezembro. O curso é inteiramente grátis e os interessados podem fazer a inscrição pelo telefone, 27 3029-0900.

Quinta, Nov 05 2015

Na manhã desta quinta-feira, 05, o diretor do Sindicomerciários, Rodrigo Rocha, concedeu entrevista ao Bom dia ES, da TV Gazeta. O dirigente falou sobre o posicionamento do Sindicato em relação aos comerciários que trabalham nas lojas dos shoppings durante o domingo.

O desejo do sindicato é estender o beneficio que já existe para os trabalhadores e trabalhadoras do setor supermercadista para toda a categoria, inclusive os comerciários das lojas dos shoppings.

Rodrigo afirma que folgando aos domingos os trabalhadores teriam mais liberdade para descansar junto aos seus familiares e praticar suas atividades, sejam elas esportivas, religiosas entre outras.

O Sindicomerciários deixa claro que a reivindicação é em beneficio dos comerciários que trabalham nas lojas situadas nos shoppings. Em momento algum o Sindicato quis fechar os shoppings aos domingos, pelo contrário, o lazer proporcionado pelos cinemas, praças de alimentação, e outras programações que os shoppings possam oferecer é válido e deve continuar.

Clique aqui e assista o vídeo completo sobre a reportagem.

Quarta, Nov 04 2015

Na última sexta-feria, 30, foi assinada a Convenção Coletiva de Trabalho entre Sindicomerciários, Federação do Comércio e seus Sindicatos filiados. O reajuste conquistado pelo Sindicato aos mais de 120 mil trabalhadores e trabalhadoras do comércio do estado (com exceção de Cachoeiro de Itapemirim, que negocia em separado com o Sindicato e o Provarejo), foi de 10 %. Podendo ser dividido em duas parcelas, sendo a primeira em primeiro de novembro de 2015 e a segunda em primeiro de maio de 2016. Sendo assim o piso da categoria sobe para R$924 agora em novembro, e em maio vai para R$968.

Demais conquistas

Além das cláusulas econômicas, a Convenção Coletiva de Trabalho 2013/14 (CCT) também manteve, pelo sexto ano consecutivo, o fechamento dos supermercados aos domingos, a obrigatoriedade e gratuidade do plano de saúde e seguro de vida, plano odontológico, o auxílio-creche, entre outros.

O presidente do Sindicomerciários, Jakson Andrade, volta a destacar sobre a importância do plano de saúde, do seguro de vida e do plano odontológico. “São conquistas obrigatórias, todos devem ter, a empresa é obrigada a fornecer aos empregados”, destaca. Segundo Jakson, caso esse, entre outros direitos que constam na CCT sejam sonegados o trabalhador deverá procurar imediatamente a sede ou sedes regionais do Sindicomerciários. “Nosso setor de assuntos jurídicos está preparado para garantir seus direitos através das vidas políticas ou legais”, finalizou o presidente.

Terça, Nov 03 2015

O Sindicomerciários mais uma vez entra nessa campanha pela saúde do homem, sobretudo os comerciários. A campanha, idealizada pelo Instituto Lado a Lado pela Vida, é referência na missão de orientar a população masculina a cuidar melhor da saúde e procurar o médico com mais frequência. No ano passado, a mobilização para conscientizar sobre o câncer de próstata realizou mais de 1400 ações em todo o País, com a distribuição de cinco milhões de folhetos informativos.

Neste ano um novo portal foi criado, o www.novembroazul.com.br, com um leque maior de informações e uma nova identidade visual. O Comitê Científico da campanha também cresceu e conta com especialistas em áreas diversas além da oncologia e urologia, como fisioterapeutas, nutricionistas e sexólogos para atender todas as dúvidas.

Haverá, ainda, uma série de vídeos educativos do Dr Dráuzio Varella, abordando o tema de forma clara e direta.

Sobre o Câncer de Próstata

A próstata é uma glândula do sistema reprodutor masculino, que pesa cerca de 20 gramas, de forma e tamanho semelhantes a uma castanha. Ela localiza-se abaixo da bexiga e sua principal função, juntamente com as vesículas seminais, é produzir o esperma.

- Estatísticas

O câncer de próstata é o tumor mais frequente no sexo masculino, ficando atrás apenas dos tumores de pele, e o sexto tipo mais comum no mundo segundo o INCA (Instituto Nacional do Câncer). A cada seis homens, um é portador da doença. A estimativa do INCA é de que, por ano, 69 mil novos casos sejam diagnosticados, um caso a cada 7,6 minutos.

- Diagnóstico

A doença pode demorar a se manifestar, exigindo exames preventivos constantes para não ser descoberta em estágio avançado e potencialmente fatal. Os exames consistem na dosagem sérica do PSA e no exame de toque retal, que são complementares, pois cerca de 20% dos casos não são detectados pelo PSA.

- Fatores de Risco

A recomendação é que homens a partir de 50 anos procurem um urologista para realizar os exames preventivos anualmente. Indivíduos com história familiar de câncer de próstata, da raça negra, sedentários e obesos devem iniciar a prevenção a partir dos 45 anos, pois possuem maior risco de desenvolver a doença.

- Prevenção

Quando diagnosticada precocemente as chances de cura da doença são de, aproximadamente, 90%.

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