O povo sempre leva chumbo. Não bastasse o trabalhador estar agora ameaçado pelo governo Temer para pagar a conta de uma crise hídrica que não criou, com a crise hídrica toda a sociedade é penalizada, como se o banho que você toma fosse o grande responsável pela falta de abastecimento de água no estado.
O governo acaba de promover um drástico racionamento de água para a população. Ok. Concordo que temos que dar nossa contribuição. Ocorre que a utilização de água em domicílios responde por menos de 30% do consumo de água. Os 70% restantes são drenados diretamente para a indústria. E o que o governo estadual fez? Nada. Liberou o setor indústria, seus financiadores de campanha (Vale, Fibria, Arcellor etc.) das severas exigências de redução de consumo. O modelo de desenvolvimento econômico do Espírito Santo é o verdadeiro gerador da crise hídrica.
Precisamos de um Plano de Segurança Hídrica que contemple saneamento, drenagem e resíduos sólidos em alinhamento dos planos municipais e estadual de recuperação de nascentes e mata ciliar, e com participação dos trabalhadores do campo e da cidade.