No dia 28 de agosto de 2015, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) completou 32 anos. Fundada em meio à efervescência da luta por democracia, a entidade foi protagonista na queda da ditadura militar, com milhares de trabalhadores organizados indo às ruas contra o governo. Foi durante o 1º Congresso Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat), em São Bernardo do Campo, em São Paulo, que a CUT foi criada. Intensas discussões marcaram a formação da primeira Executiva, que culminou com a nomeação do metalúrgico Jair Meneguelli como primeiro presidente da Central.
A CUT se consagrou como a grande representante da classe trabalhadora brasileira, tornando-se a maior central do Brasil e da América Latina e a quinta do mundo. Com quase quatro mil entidades filiadas, a CUT representa mais de 24 milhões de trabalhadores e trabalhadoras em todo o País.
Durante seus 32 anos, a CUT teve seis presidentes, à frente de inúmeras conquistas à classe trabalhadora brasileira: Jair Meneguelli (1983-1994), Vicentinho (1994-2000), João Felício (2000-2003) e (2005-2006), Luiz Marinho (2003 - 2005), Artur Henrique (2006 - 2012) e Vagner Freitas (2012).
Nos últimos anos, a CUT tem se destacado pela atual disputa política, nas ruas, em defesa da democracia e da manutenção e ampliação dos direitos sociais. A Central tem sido protagonista na convocação e realização de atos nacionais para se contrapor à maior onda reacionária vista no Brasil desde a redemocratização.
Faz parte dessa onda a pauta reacionária do atual Congresso Nacional. A Central combateu o projeto de terceirização sem limites de diversas formas, conseguindo que o Senado, onde a proposta será analisada, se colocasse majoritariamente contra a ideia. A resistência se intensifica à medida que a pauta do retrocesso sai da toca e apresenta projetos como redução da maioridade penal e a recém-apresentada Agenda Brasil, restritiva à classe trabalhadora.
Entre as conquistas para o trabalhador, a CUT registra neste período a isenção de imposto de renda para a participação nos lucros e resultados (PLR) recebida pelos trabalhadores, a manutenção da correção da tabela do imposto de renda e a continuidade da política nacional de valorização do salário mínimo.
Espírito Santo – Aqui no estado, a categoria comerciária é parte ativa na história da Central. Nos últimos três quadriênios a entidade foi presidida pelo atual deputado estadual e diretor do Sindicomerciários, José Carlos Nunes. No mais recente congresso estadual da Central, realizado de 28 a 30 de agosto, os atuais diretores do Sindicato, Jaldo Gomes e Jemima Jayra foram eleitos para a diretoria. O primeiro, como efetivo do Conselho Fiscal. A segunda, na composição do pleno.